O professor bateu o recorde de maior número de dias a viver debaixo de água sem um sistema de despressurização no sábado. O objetivo de Joseph não era bater o recorde, mas superar os limites do corpo humano e “inspirar as próximas gerações”, como reportou a BBC. “A curiosidade pela descoberta trouxe-me até aqui”, acrescentou.
O recorde anterior de mais dias a viver debaixo de água em pressão ambiente foi de 73 dias, por dois professores, em 2014.
Ao contrário de um submarino, a estação Jules Undersea Lodge, onde se encontra, não tem um sistema de controlo da pressão subaquática.
O cientista, que estuda os efeitos da exposição a longo prazo a ambientes com pressão extrema, tem o objetivo de chegar aos 100 dias debaixo de água, que se completam no dia 9 de junho.
Entretanto, continua a dar aulas. Ficou conhecido como “Dr. Mar Profundo (Dr. Deep Sea, em inglês), e apesar de viver debaixo de água desde o dia 1 de março, cumpre as suas responsabilidades como professor, dando aulas de engenharia biomédica pela internet.
O Projeto Neptune 100, como foi denominado, analisa não apenas a saúde física, mas também a saúde mental do investigador, uma vez que está isolado. Como o próprio admitiu, o que tem mais saudades na superfície é “do sol”.
Para se manter ocupado, acorda todos os dias às 5h para exercitar. Come refeições ricas em proteína, e embora a sua estadia subaquática se tenha mostrado um sucesso, o professor admite que está animado para regressar a aulas, e algumas atividades à superfície.
*Texto e pesquisa pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel
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