Nos últimos cinco anos, o número de trabalhadores independentes com habilitações superiores, em Portugal, cresceu 40%. Atualmente, há cerca de 1 milhão de profissionais liberais no país. Mas, o que atrai os jovens para este tipo de profissões?
A 21 de setembro vão ser debatidos estes e outros temas, como as dificuldades em ser-se freelancer, em Portugal, ou os desafios que o dumping, a fiscalidade e as dificuldades em aceder à proteção social representam para estes trabalhadores.
O 2.º Fórum Profissional Liberal, um evento organizado pela Associação Nacional dos Profissionais Liberais (ANPL), em parceria com a Ordem dos Arquitetos, vai realizar-se, por ocasião do Dia Mundial das Profissões Liberais, e terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, localizada nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto.
“Queremos contribuir para proporcionar aos profissionais liberais uma experiência adicional de reflexão da sua condição, sobre a sua forma de estar no mundo do trabalho e da mais-valia que podem e devem representar na valorização do país”, refere Orlando Monteiro da Silva, presidente da ANPL.
Apesar disso, “somos muito penalizados em termos fiscais e estamos muito desprotegidos na vertente social e queremos ser tratados de forma equitativa”, acrescenta.
Sob o mote "Qualidade de Vida das Cidades – O papel do Arquiteto e de Outras Profissões Liberais", a iniciativa conta com a presença do secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Carlos de Abreu Amorim, do Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e do Presidente do Conselho Económico e Social, Luís Pais Antunes.
“A arquitetura nacional tem relevância e importante reconhecimento internacional. Contudo, sofre do paradoxo dos altamente qualificados: os nossos cursos estão entre os mais disputados, mas, chegados à profissão, os recém-arquitetos não são acolhidos por políticas públicas que os protegem e motivam e acabam por encabeçar os índices de emigração entre jovens licenciados. É urgente um debate público sobre este tema”, explica Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitetos.
O diretor geral do European Council of Liberal Professions, Theodouros Koutroubas, e o presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais do Brasil, Divanzir Chiminacio, também farão as suas intervenções durante o evento.
A inscrição no 2.º Fórum Profissional Liberal é gratuita, através deste link, e o programa está disponível aqui.
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