A distinção é conferida pela International Water Association (IWA), que reúne os principais protagonistas do setor da água (neste caso, de 2 em 2 anos) e distingue projetos que tenham impacto na sustentabilidade.
Num comunicado divulgado hoje a empresa Águas do Tejo Atlântico, do Grupo Águas de Portugal, destaca que “o bronze está garantido” nas “olimpíadas da água”, o congresso de Toronto que reúne 8.900 conferencistas de 102 países.
A empresa justifica a nomeação pelo trabalho que tem sido feito desde 2017 para “alcançar a circularidade da água”, incluindo a “passagem” do nome de ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) para “Fábrica de Água”, a criação da marca “água+”, para promover o uso urbano, agrícola e industrial da água reciclada não potável, ou a realização de parcerias com a comunidade cientifica e a criação de projetos-piloto de sustentabilidade.
Em 2023 a empresa produziu (usou e vendeu) 3,2 milhões de metros cúbicos (m3) de água reciclada, contra os 2,8 milhões de 2022. Essa água foi usada, por exemplo, em aplicações como sistemas de climatização (IKEA Loures), irrigação de jardins públicos (Mafra e Parque das Nações) ou limpeza de ruas, adianta o comunicado.
“Na Jornada Mundial da Juventude recebemos o Papa com um tapete verde regado com água reutilizada, economizando 578.400 m3 de água potável”, acrescenta, recordando também a produção de 15.000 litros de cerveja VIRA, “demonstrando a segurança da água reciclada e promovendo a adoção de novas práticas circulares”.
O documento refere ainda que “os objetivos gerais do projeto da Águas do Tejo Atlântico são promover a circularidade da água e a sustentabilidade hídrica, visando mitigar os impactos ambientais e promover uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos”.
A tecnologia, salienta, “existe e está disponível para tratar águas usadas e conferir a qualidade adequada para usos urbanos, agrícolas e industriais”. O projeto da empresa, “The Linear Path to Circularity!”, que vai ser distinguido no congresso da água, destaca-se, segundo o comunicado, pela mudança de paradigma ao transformar o tratamento linear de águas residuais num projeto circular no qual se deixa de falar em resíduo para se falar em matéria-prima, no qual as “Fábricas de Água” transformam novos produtos essenciais, como a água, as lamas, os fertilizantes, os bio-nutrientes ou a energia verde.
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