“No troço entre Penacova e a Foz do Dão será efetuada uma profunda reabilitação. É um investimento de 134 milhões de euros totalmente suportado pelo Orçamento do Estado, aplicado ao longo de 75 quilómetros”, disse Pedro Coimbra, deputado do Partido Socialista, adiantando que foi hoje publicada a portaria de extensão de encargos da obra da via entre Penacova e Foz do Dão em Diário da República.
Na sessão plenária, o socialista alertou que são “absolutamente necessárias intervenções” no pavimento, nos nós de acesso, nos taludes, nas águas pluviais, nos separadores centrais e na sinalética, relembrando que, em 2018, o Governo apresentou “uma solução digna e adequada que mereceu um amplo apoio entre utentes, associações empresariais, autarcas e partidos políticos”.
De acordo com Pedro Coimbra, a solução apresentada para o IP3 implica a passagem a autoestrada sem portagens do troço entre Coimbra e Penacova e do troço entre a Foz do Dão e Viseu.
Antes da intervenção do PS, vários grupos parlamentares defenderam a urgência na requalificação da via, que se trata do principal eixo rodoviário da região centro, com a discussão de quatro projetos de resolução.
O deputado do PSD Pedro Alves recomendou ao Governo a transformação daquela via rodoviária numa autoestrada, como possível solução.
“O PSD pretende recomendar o Governo que execute todos os procedimentos com vista à efetiva e urgente implementação rodoviária Viseu - Coimbra em perfil de autoestrada”, defendeu.
Na intervenção do PCP, a deputada Ana Mesquita apontou para a degradação e para a falta de sinalização no IP3, propondo a introdução de quatro faixas de rodagem, de modo a combater a sinistralidade.
Por seu lado, o Bloco de Esquerda, pela voz de Heitor de Sousa, considerou que o projeto de resolução dos esquerdistas tem por base a requalificação de todo o Itinerário Principal e não deverá ter portagens.
O deputado dos Verdes José Luís Ferreira declarou também que não devem ser implementadas portagens no IP3.
“Os Verdes trazem uma iniciativa legislativa para que o Governo proceda a uma requalificação do IP3, com duas faixas, corredores ecológicos e que não sejam aplicadas portagens”, explicou.
Na reunião plenária, foram ainda apreciadas duas petições apresentadas pela Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 e por responsáveis de associações empresariais e comerciais e da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões.
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