Em comunicado, o PS alude a “pouca transparência dos avultados apoios dados” e ainda ao facto de “estar a servir para pagar o salário a uma vereadora e a outros elementos da autarquia”.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Vieira do Minho, António Cardoso, eleito pela coligação PSD-CDS, disse que “não há qualquer irregularidade” e que a relação com a APOSC “tem toda a transparência do mundo”.

“Estou absolutamente tranquilo”, acrescentou o autarca.

A Câmara de Vieira do Minho era associada da APOSC, mas na última reunião do executivo a maioria aprovou a saída do município da associação.

O PS diz que, na altura, António Cardoso se escusou a explicar as razões da saída.

Hoje, o autarca disse à Lusa que o município saiu porque, entretanto, a APOSC ganhou outra autonomia financeira e já está em condições de subsistir sem que precisar de ter a Câmara como associada.

“Mas a Câmara vai continuar, como até aqui, a transferir dinheiro para a associação, que tem feito um excelente trabalho”, referiu.

Lembrou que a APOSC tem atualmente a seu cargo três equipas de sapadores florestais, num total de 15 homens.

Em relação à vereadora, António Cardoso disse que a Câmara, se quisesse, podia tê-la a tempo a inteiro e pagar-lhe o respetivo salário, “sem problema nenhum”.

“Foi uma opção política colocá-la à frente da APOSC e é uma opção que vamos manter, porque está a dar muito bons resultados”, adiantou.

O PS alertou ainda para o facto de a APOSC “não ter qualquer controlo público e de as verbas para lá transferidas serem gastas sem o rigor exigido a entidades públicas, podendo estar-se perante uma ilegalidade”.

“É tudo clarinho como a água”, ripostou António Cardoso.