Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS José Carlos Barbosa antecipou os objetivos dos socialistas com o agendamento para a tarde de hoje no plenário do parlamento, ao qual se juntaram projetos de resolução (sem força de lei) de outros partidos como IL, BE, PCP, Livre e PAN.
“No fundo queremos que o Governo conclua a aprovação do Plano Ferroviário Nacional, concretizando os objetivos do Governo anterior e que esse plano seja proposto à discussão na Assembleia da República”, explicou.
Segundo o deputado, o PS quer garantir que o Governo “não abandona os compromissos” assinados nesta área e que “o país orientará as opções de investimento de longo prazo para a ferrovia”.
“Depois de anos de recuperação de material circulante, injeção de material na rede, de reparação através da Ferrovia 2020 de praticamente toda a rede ferroviária nacional, nós consideramos que é o momento de tratarmos do Plano Ferroviário Nacional e por isso o plano não pode cair no esquecimento”, disse, justificando assim o motivo da iniciativa e do debate.
José Carlos Barbosa referiu ainda que este plano foi objeto de “um abrangente debate público e discussão através de várias formais” e recebeu contributos de centenas de pessoas, estando a fase de discussão e apresentação de propostas finalizada.
“A avaliação ambiental estratégica está concluída. Agora é o momento de o Governo aprovar o plano e submete-lo à aprovação e ao debate no parlamento”, defendeu.
O deputado do PS enfatizou a importância do atual Governo PSD/CDS-PP não esquecer o Plano Ferroviário Nacional porque ele é necessário.
“Durante décadas o país teve um plano rodoviário nacional e nunca teve um plano ferroviário nacional. Este é o momento de investirmos na ferrovia, é uma questão de interesse nacional e acho que este assunto transcende governos e ciclos políticos”, defendeu, sublinhando a necessidade de se assegurar “um futuro sustentável e eficiente para as próximas gerações”.
José Carlos Barbosa detalhou ainda que este é um plano de orientações de investimento ferroviário a longo prazo, neste caso com um horizonte de 2050, funcionando como o guia “para futuros quadros de investimento público”.
“Aquilo que nós queremos é ter mais rede ferroviária, ter mais capacidade, ter mais operação, ter mais comboios, mais passageiros e acima de tudo o melhor ambiente”, sintetizou.
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