À Agência Lusa, Maria Antónia Almeida Santos afirmou que "as declarações de Alberto João Jardim manifestam um certo desespero eleitoral, o que o levou a dizer o contrário daquilo que pensa", referindo-se às próximas eleições regionais na Madeira, agendadas para 22 de setembro.
"Ainda recentemente fazia grandes elogios a António Costa e ao seu Governo. Manifestava grande respeito e admiração pelo primeiro-ministro e reconhecia de forma inequívoca o sucesso da governação de António Costa", disse.
Na véspera, o presidente honorário do PSD/Madeira afirmara que o chefe do Governo, António Costa, é o "adversário" da autonomia e aconselhou os dirigentes sociais-democratas a "internacionalizar" a questão.
"Não há dúvida que há aqui algum desespero que o leva a dizer o que não pensa, temos de concluir. De modo que há aqui uma transformação neste Alberto João Jardim que é um bocadinho difícil de entender num homem e político tão experiente, que esteve à frente do Governo Regional tantos e tantos anos", declarou a deputada socialista.
Alberto João Jardim, na sua intervenção, referiu-se a Costa como "número dois de José Sócrates" e sublinhou que o primeiro-ministro "não é estadista", mas apenas "um homem do aparelho" e um "partidocrata".
"Não consigo entender, a não ser, de facto, que esteja a sentir uma ameaça real ao estado de anos e anos e anos de governação do PSD na Madeira", acrescentou Maria Antónia Almeida Santos.
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