“O governo mobilizou-se para cumprir em dois meses aquilo que não conseguiu em quatro anos. Pese embora o corrupio das reuniões entre os membros do governo e a Associação Nacional de Municípios Portuguesa, (ANMP), as Áreas Metropolitanas e as Comunidades Intermunicipais, o processo está melhor encaminhado mas ainda não está fechado”, afirmou Helder Sousa Silva, na apresentação da moção setorial dos Autarcas Sociais-democratas no 40.º Congresso do PSD, que arrancou na sexta-feira à noite no Porto.
Os trabalhos do primeiro dia do congresso social-democrata terminaram cerca das 01:00 e recomeçam hoje, às 10:30, sendo que a reunião magna do PSD decorre até domingo.
No seu discurso, o líder dos ASD defendeu, “por isso”, que não é ainda tempo de prosseguir com o processo de descentralização: “Por isso, na defesa intransigente da descentralização, os autarcas sociais-democratas consideram que se deve estabilizar, eu diria até finalizar o processo [de negociação] em curso e só depois disso assinar novos acordos referentes às restantes áreas, digo às áreas da Saúde e da Ação Social para que o municípios não corram riscos de colapso financeiro”, disse.
O dirigente social-democrata defendeu ainda que “o tempo veio demonstrar que o governo foi incapaz de cumprir o acordado” e que “a forma, o conteúdo” da descentralização como estava era “altamente lesiva para os superiores interesses das autarquias e também das populações”.
Pelo que, explicou, “os autarcas não tiveram outra alternativa se não defender a realização de um congresso extraordinário ou de um encontro nacional de autarcas, sobre a égide da ANMP de modo a concertar posições que impedissem o logro para que a autarquias estavam a ser conduzidas”.
O primeiro dia do 40º Congresso do PSD ficou marcado pelo discurso de despedida do presidente cessante do partido, Rui Rio e ainda pelo discurso do líder eleito, Luís Montenegro.
Os trabalhos incluíram ainda a apresentação de 12 das 19 moções setoriais apresentadas ao congresso.
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