Em declarações aos jornalistas, no parlamento, Carlos Abreu Amorim, vice-presidente da bancada do PSD, utilizou a mesma palavra – indigno - usada pelo executivo para dizer que “indigno é não ter chegado, até ao momento, um cêntimo de dinheiro público” e de donativos às populações afetadas pelos incêndios de junho na região centro.
Como é indigno, repetiu, que o Governo tenha adiado para setembro a aprovação de um projeto de lei do PSD, que tinha o apoio do PCP e do BE, que criava “um mecanismo urgente extrajudicial” para acelerar a reparação de danos às famílias dos mortos e dos feridos.
Carlos Abreu Amorim criticou a lentidão na divulgação da lista de mortos – que só aconteceu na terça-feira – e disse que foi “graças à pressão do PSD” e também da comunicação social que isso aconteceu.
O deputado do PSD deixou também o aviso de que “o caso” não está encerrado, com a divulgação da lista: “Os casos em democracia nunca estão encerrados.”
Para o PSD, disse, já não há dúvidas de que o Estado falhou em todo este processo após os incêndios de junho e que alguém do Governo "deveria já ter pedido desculpa" aos portugueses.
E o executivo, referiu, fez uma "gestão de comunicação e de 'marketing' político elevado até ao ponto máximo", criando depois um "clima de suspeição, de desconfiança que é negativo".
[Notícia atualizada às 14h29]
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