"Ouvi caracterizarem a declaração que o senhor primeiro-ministro fez ao país como caricata e como ridícula. Queria dizer às portuguesas e aos portugueses que lamento profundamente que a oposição, quando não tem mais nada para dizer que seja substantivo, ou seja, aquilo que verdadeiramente importa, aquilo que muda a vida de cada uma e de cada um dos portugueses, se fique por generalidades", criticou.
Devolvendo críticas de PS, Chega e BE, Hugo Soares considerou que "acusar de ridículo, acusar de caricato uma declaração ao país que tem como principal objetivo transmitir segurança aos cidadãos portugueses é, manifestamente, isso sim, caricato e ridículo".
O líder parlamentar do PSD e secretário-geral do partido questionou "como é que é possível um coro de críticas da oposição" às declarações de Luís Montenegro por dar "conta ao país, como é sua obrigação, de uma reunião que teve de trabalho com os representantes do Sistema de Segurança Interna, com as forças e serviços de segurança, com as ministras que tutelam a área da segurança".
"Ao contrário do que dizem, é mesmo uma obrigação do senhor primeiro-ministro transmitir ao país o que o Governo está a fazer, como é que o Governo pretende resolver o problema concreto da vida das pessoas e, acima de tudo, dizer ao país que está a governar para melhorar a vida de cada uma e de cada um", sustentou.
O líder parlamentar do PSD considerou "chocante que os partidos da oposição possam desvalorizar o tema da segurança em Portugal", que "não é um tema menor", e considerou que “é manifestamente pouco, é manifestamente poucochinho aquilo que as oposições têm para dizer”.
"Então a oposição só quer que o primeiro-ministro dê a cara pelas forças e pelos serviços de segurança quando acontece alguma coisa de mal? Então a oposição acha que o primeiro-ministro não tem a responsabilidade, a obrigação de assegurar às portuguesas e aos portugueses que Portugal é um país seguro e que se está a trabalhar para continuar a ser um país seguro?", questionou.
Hugo Soares considerou que não se trata apenas de uma questão de perceção de segurança, mas sim "aquilo que as pessoas sentem e vivem no dia-a-dia" e defendeu que tudo o que possa ser feito "para aumentar a segurança e Portugal ser um país seguro, para proteger bens, pessoas e património, é sempre pouco".
"Há uma bolha política onde alguns se movem e depois há o país real", advogou, afirmando que "sempre que a oposição acusa o Governo de propaganda significa que o Governo está a fazer coisas certas e a resolver o problema da vida das pessoas".
Respondendo ao secretário-geral do PS, que disse que a medida "já estava decidida desde fevereiro", nomeadamente pelo último Governo, o dirigente social-democrata questionou porque não foi executada.
Sobre o horário do anúncio que foi feito em horário nobre televisivo, a partir da residência oficial do primeiro-ministro, Hugo Soares disse que "todas as horas contam para transmitir segurança a Portugal".
Na quarta-feira, numa declaração pouco depois das 20:00, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai aprovar na quinta-feira em Conselho de Ministros uma autorização de despesa de mais de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos para PSP e GNR.
"Tenho reiteradamente dito que Portugal é um país seguro, é mesmo um dos países mais seguros do mundo, mas este contexto tem de ser trabalhado e alcançado todos os dias", defendeu Luís Montenegro.
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