“Reajo muito positivamente. Julgo que, para o PSD e para o país, é sempre bom que haja alternativas democráticas e, portanto, os militantes do PSD, que são militantes livres, agora em liberdade têm pelo menos duas – podem até aparecer mais – alternativas para escolher e isso acho que é muito positivo e saúdo muito o passo que vai ser dado”, declarou Paulo Rangel.
Em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas, à entrada para o congresso do Partido Popular Europeu, o também eurodeputado social-democrata garantiu respeitar “a liberdade de todos os militantes […], que vão escolher entre dois projetos, duas equipas e dois perfis”.
“E não há nada melhor para a democracia ou para o PSD e eu julgo que isso é bom para os portugueses em geral, que dentro dos partidos, que têm um projeto comum, haja visões estratégicas e que elas se possam confrontar no tempo certo, que é agora, que é o tempo das eleições diretas e do congresso regular e normal”, elencou Paulo Rangel.
E reforçou: “Saúdo mesmo com grande alegria democrática”.
“Para o PSD vai ser um grande momento de apresentar ao país as suas conceções e de como quer ver o futuro nos próximos anos”, concluiu.
O PSD vai realizar eleições diretas para escolher o presidente no dia 04 de dezembro e o 39.º Congresso decorrerá entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa, e até agora apresentaram-se como candidatos Rui Rio e Paulo Rangel.
O presidente do PSD, Rui Rio, apresenta publicamente a sua recandidatura na sexta-feira ao final da tarde no Porto, cidade à qual já presidiu enquanto autarca, onde é militante e pela qual foi eleito deputado.
A escolha de Rui Rio pela apresentação no Porto acontece cerca de uma semana depois de dezassete autarcas e dirigentes do PSD do distrito declararem apoiar Paulo Rangel na corrida à liderança do partido, considerando ser o perfil certo para ganhar o país e romper com o “aparente conformismo” à atual governação.
Na sexta-feira, um comunicado da Distrital do Porto do PSD, assinado por 17 autarcas e dirigentes, entre os quais o seu presidente, Alberto Machado, elogiava a coragem e capacidade de liderança do eurodeputado Paulo Rangel, apontando as suas características pessoais e políticas como a “melhor garantia para agregar o PSD e ganhar o País”.
Nas diretas de 2020, no Porto (maior distrital do PSD em número de militantes com quotas em dia), Rui Rio conseguiu 64% dos votos contra Luís Montenegro na segunda volta.
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