"Dos 78 deputados, tirando Rui Rio, quem é que não está disponível para dirigir uma bancada como a bancada do PSD. Uma bancada diversa, plural, cheia de pessoas com grande categoria. Eu acho que todos os 78 deputados estão disponíveis para assumir esta responsabilidade que é uma responsabilidade exigente e poderosa", disse.
À chegada para o 38.º Congresso do PSD, que decorre até domingo em Viana do Castelo, o social-democrata sublinhou, contudo, que, neste momento, a sua candidatura à liderança parlamentar não está em cima da mesa.
Para o deputado, o tema da sucessão na bancada parlamentar só se porá quando o presidente do partido, Rui Rio, e também presidente da bancada parlamentar do PSD, renunciar ao seu mandato.
"Aí obviamente iremos lançar o processo", concluiu.
Questionado pelos jornalistas sobre se Rui Rio desenterrou o "machado de guerra", Adão Silva que na sexta-feira foi apontado por Hugo Soares como um bom líder da bancada parlamentar, admitiu que há sempre quem queira desviar atenção da questão essencial que é que "Portugal pode contar com o PSD, porque o PSD é sobretudo um instrumento ao serviço do futuro dos portugueses".
"Como é que era possível Rui Rio estar a desenterrar um machado de guerra depois da brilhante e reiterada vitória que teve. Era realmente um ato inútil", afirmou, sublinhando que o que é importante é que o PSD não se perca em "querelas de geometria política e ideológica, que o PSD se una todo em torno daquilo que é o seu desígnio ao serviço de Portugal", disse.
O social-democrata, sublinhou, no entanto, que haverá aqueles que quererão que "algumas questões mais secundárias, algumas minudências, sejam postas como questões essenciais".
"Perdem tempo, perdem tempo sobretudo porque o povo social-democrata, os milhares militantes do PSD disseram reiteradamente que o PSD vai ser dirigido, e bem, vai ser presidido, e bem, por Rui Rio nos próximos anos", acrescentou.
Adão Silva disse ainda não temer que os críticos possam voltar a fazer-se ouvir neste congresso, afirmando que "um militante do PSD nunca teme a liberdade".
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