“Após todas as diligências juntos dos intervenientes, foi possível apurar que ainda havia material pirotécnico por utilizar, depositado num espaço improvisado a cerca de 250 metros do local do sinistro, mais precisamente num anexo do cemitério de Gondelim. Após verificado o espaço, constatou-se que o mesmo não estava devidamente licenciado para o efeito, tendo sido apreendido ao responsável da empresa pirotécnica ali presente” diverso material pirotécnico, refere a nota da polícia.
De entre este material estavam 180 foguetes “2+1 Forte”, 30 foguetes “5+1 Forte”, 138 foguetes de carga inteira e 36 foguetes de meia carga, num total de “384 artigos pirotécnicos, que estariam prontos para serem utilizados nos festejos”.
“Em colaboração com todas as entidades que estiveram no local, foi possível recolher informações importantes e relevantes para elaboração da perícia que será remetida ao Ministério Publico”, revela ainda a PSP.
A PSP esteve no local com o objetivo de “determinar as causas do acidente, assim como todos os aspetos relacionados com o licenciamento do evento e das pessoas envolvidas no lançamento do fogo-de-artifício”.
“Face a mais um acidente trágico, a PSP reitera o apelo a todos os intervenientes do setor, desde os profissionais que vendem os produtos pirotécnicos aos técnicos que os manuseiam e às pessoas em geral que assistem aos espetáculos, que cumpram escrupulosamente a legislação aplicável e concretamente as regras de segurança definidas”, refere a nota.
Cinco dos feridos resultantes das explosões pirotécnicas num recinto de festas em Penacova foram operados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e mantêm-se internados, assim como um outro, disse hoje fonte hospitalar.
Uma pessoa morreu na sequência destas explosões em Gondelim e outras 30 foram assistidas em hospitais.
“Deram entrada no Serviço de Urgências do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) 30 doentes, provenientes de explosão em Gondelim, Penacova, ocorrida ontem [quarta-feira], dia 4 de abril. Destes, 24 doentes já tiveram alta, 19 adultos e 5 crianças”, lê-se numa nota de imprensa do centro.
De acordo com a informação, “seis doentes estão internados em vários serviços clínicos, cinco dos quais foram operados”.
“Um doente está no Serviço de Medicina Intensiva, ventilado e entubado; um doente está no Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados, ventilado e entubado; um doente está no Serviço de Cirurgia Maxilo-Facial; um doente está no Serviço de Ortopedia; um doente está no Serviço de Urologia e Transplantação Renal; e um doente mantém-se ainda no Serviço de Urgência, em observação”, aponta a informação.
A PJ também está a investigar as causas destas explosões, que ocorreram durante a missa que precedia uma procissão.
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