“Se vão encapuzados não são do 1-0, se usam violência não são do 1-0. Nós o fizemos de cara descoberta e de forma pacífica. Dessa maneira, ganhámos há um ano, a um estado autoritário”, escreveu Carles Puigdemont na rede social Twitter.
O antigo presidente da Generalitat (governo da Catalunha) questionou em seguida: “Quem tem interesse que se infiltre a violência perdedora, onde resistimos com uma paz vencedora?”.
A polícia regional catalã, conhecida como Mossos de Esquadra, fez hoje várias cargas para dispensar as centenas de pessoas que se concentraram junto ao parlamento catalão e à sede da Polícia Nacional, em Barcelona.
A polícia regional carregou primeiro sobre as centenas de pessoas que se tinham concentrado junto à sede da Polícia Nacional e, depois, contra as que estavam perante o parlamento.
Os Mossos de Esquadra alertaram as pessoas que estavam concentradas para que dispersassem e apelou para que parassem de arremessar objetos contra os edifícios e os agentes policiais que estavam no local.
Na concentração junto à sede da Polícia Nacional, os manifestantes arremessaram objetos e tinta contra os agentes que estavam a guardar o edifício, enquanto no parlamento da Catalunha tentaram retirar as vedações de proteção e entrar no edifício, mas foram impedidos pela polícia.
Utilizando equipamentos antimotim, os agentes conseguirem dispersar as pessoas que estavam concentradas em ambos os locais depois do final da manifestação, que assinalou o primeiro aniversario do “referendo 1-0”, marcado pela vitória ao "Sim" à independência da Catalunha.
Milhares de estudantes das universidades e das escolas secundárias da Catalunha manifestaram-se esta tarde no centro de Barcelona para pedir “a validação do resultado do referendo” unilateral sobre independência de 01 de outubro do ano passado.
A polícia urbana da capital da Catalunha estimou em 13.000 o número de pessoas presentes, enquanto os organizadores referiram a participação de 50.000 manifestantes.
Na cabeça da manifestação esteve uma das urnas utilizadas no referendo do ano passado e um grande cartaz a dizer “Nem esquecimento nem perdão”.
Os estudantes também reclamaram “o regresso dos exilados e a liberdade dos presos políticos”, e criticaram a ação da polícia regional (Mossos de Esquadra) no passado sábado, quando dispersaram uma manifestação de independentistas.
Já ao início da manhã de hoje, ativistas separatistas bloquearam autoestradas, linhas de caminho de ferro e várias artérias da cidade de Barcelona, para assinalar o primeiro aniversário do referendo de autodeterminação ilegalizado.
Ao longo de todo o dia ocorreram inúmeras ações dos movimentos separatistas para assinalar o 01 de outubro de 2017, exigindo a criação de uma República catalã independente e a libertação do que chamam "presos políticos".
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