
“É importante criarmos juntos uma ordem mundial mais justa e multipolar, baseada no respeito pelos interesses de cada país”, afirmou o líder do Kremlin na sessão plenária do fórum Maior Património-Futuro Comum.
No seu discurso, Putin afirmou que a comunidade internacional deve trabalhar para desenvolver “uma arquitetura de segurança igualitária e indivisível”, no sentido de proteger “de forma fiável todos os estados sem prejudicar os interesses de ninguém”.
Acompanhado no evento pelo líder bielorrusso e seu aliado, Alexander Lukashenko, o presidente russo sustentou que a região euroasiática deverá tornar-se num exemplo de desenvolvimento sustentável, tanto a nível económico como social.
Ao mesmo tempo, criticou, sem nomear nenhum país nem o conflito na Ucrânia, país que mandou invadir há mais de três anos, as tentativas de alguns estados de impor a sua vontade aos outros com base no que chamou a sua exclusividade.
Por outro lado, pediu para se evitar o “renascimento do nazismo” e manifestações russófobas e antissemitas e apelou para a criação de uma comissão para preservar a memória da vitória soviética sobre a Alemanha nazi.
Putin e Lukashenko chegaram a Volgogrado na véspera do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, que a Rússia comemora no dia 09 de maio.
Após uma homenagem no memorial Mamaev Kurgan, uma colina dominada por uma gigantesca estátua da “Pátria”, os dois líderes fizeram um passeio pela cidade e compareceram no fórum.
Hoje à tarde, Putin e Lukashenko, um parceiro próximo do Kremlin na guerra da Ucrânia, tinham prevista uma reunião para discutir assuntos da agenda bilateral.
A anterior viagem de Putin a Volgogrado ocorreu há dois anos, por ocasião do 80.º aniversário do fim da Batalha de Estalinegrado, uma das mais sangrentas da história da humanidade, entre o Exército Vermelho e as forças invasoras nazis.
Desde que chegou ao Kremlin, em 2000, Putin assistiu várias vezes ao aniversário da batalha que começou em 17 de julho de 1942 e terminou em 2 de fevereiro de 1943 com a rendição do marechal de campo Friedrich von Paulus, comandante do Sexto Exército alemão, após 200 dias de combates implacáveis.
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