"Ainda temos muito a fazer, mas podemos orgulhar-nos do que já foi feito", declarou o líder russo no seu discurso anual, transmitido pela televisão estatal.

Durante o seu discurso, o presidente, que sucedeu a Boris Yeltsin, fez apenas uma vaga referência à Ucrânia, onde a Rússia lançou uma ofensiva em fevereiro de 2022.

"Nesta véspera de Ano Novo, os pensamentos e as esperanças de familiares e amigos, de milhões de pessoas em toda a Rússia, estão ao lado dos nossos combatentes e comandantes", disse Putin.

"Agora, no início de um novo ano, pensamos no futuro. Temos a certeza de que tudo ficará bem. Só vamos avançar", acrescentou.

O discurso de Putin ocorre num momento-chave do conflito que começou há três anos.

Embora o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha prometido um rápido cessar-fogo assim que tomar posse, Moscovo fez progressos significativos no campo de batalha.

Putin foi nomeado presidente interino na véspera de Ano Novo de 1999, quando Yeltsin renunciou inesperadamente e pediu desculpas pela situação do país, após o colapso da União Soviética.

Desde então, o homem forte do Kremlin orgulha-se de ter mais uma vez transformado a Rússia numa grande potência, capaz de competir com o Ocidente, e de ter restaurado a honra aos russos após a humilhação da desintegração do império soviético.

O discurso da véspera de Ano Novo, que dá continuidade a uma tradição iniciada pelo líder soviético Leonid Brezhnev, é frequentemente assistido em milhões de lares na Rússia.

O discurso é transmitido pela televisão estatal pouco antes da meia-noite em cada um dos 11 fusos horários da Rússia e geralmente é um breve resumo dos acontecimentos do ano que passou, assim como dos desejos para o ano que está por vir.