Esta hipótese está a ser equacionada devido aos engarrafamentos que se formam na ponte Kerch, que liga à Crimeia, alvo de uma explosão em outubro de 2022 e entretanto reaberta, devido aos controlos de segurança.
Numa reunião em formato virtual com membros do Governo, Putin disse que concordava em avaliar “todas as possibilidades”, depois de observar que o governador de Krasnodar, Veniamín Kondratiev, tinha apontado para esta opção, apesar de implicar a passagem por Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijia, áreas localizadas em plena zona de guerra na Ucrânia.
Cerca de 100 viaturas aguardam no continente russo, concretamente em Kuban, para poderem atravessar a ponte, uma vez que por questões de segurança no contexto da guerra todas as viaturas estão a ser controladas.
A única alternativa é um serviço de seis barcos. O ministro dos Transportes da Rússia, Vitali Saveliev, espera que o pico do congestionamento seja atingido entre os dias 16 e 17 deste mês, indicando que o tráfego de automóveis em direção à península da Crimeia aumentou 40% desde 1 de julho.
A fila chegou a 13 quilómetros na segunda-feira, embora hoje tenha sido reduzida para quatro, segundo o ministro dos Transportes da Crimeia, Nikolai Lukashenko.
Saveliev referiu ter falado hoje de manhã com o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, que lhe ofereceu dois grandes navios anfíbios com capacidade para transportar 40 viaturas.
Shoigu também defendeu que a reabertura do tráfego pela ponte Chongar, entre a Crimeia e a região ucraniana de Kherson, zona na linha da frente no sul do país e que foi recentemente bombardeada pela Ucrânia, pode ser usada como rota alternativa.
A diretora executiva dos Operadores Turísticos da Rússia (ATOR), Maia Lomidze, disse à agência oficial TASS que, de momento, não houve cancelamentos de pacotes turísticos para a Crimeia devido aos engarrafamentos.
Os operadores preveem uma redução do fluxo turístico na Crimeia nesta temporada entre 15% e 20% em relação a 2022.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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