De acordo com um comunicado citado pela agência espanhola de notícias, a Efe, “a localidade de Bogatir, na República Popular de Donetsk, foi libertada em resultado de ações decisivas do agrupamento militar Este.

Segundo o ministério, que divulgou o comunicado através do Telegram, os combates neste flanco causaram grandes perdas ao exército ucraniano e a localidade representa um importante potencial logístico.

Um especialista militar consultado pela agência TASS, Andréi Marochko, destacou a importância da conquista de Bogatir, pois isso permite que as tropas russas avancem nas direções sudoeste e noroeste, “o que dá acesso às regiões ucranianas de Dniepropetrovsk e Zaporiyia a partir da República Popular de Donetsk”.

Na sexta-feira, o Ministério da Defesa informou ter tomado nos últimos dias até seis localidades na região ucraniana de Donetsk, anexada pela Rússia em 2022.

Após as recentes negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul, a Rússia continua a avançar em território ucraniano e mantém a ameaça de conquistar mais território ucraniano.

A notícia do ataque a Bogatir surge no mesmo dia em que a televisão estatal russa transmitiu um trecho inédito de uma entrevista do presidente russo, Vladimir Putin, no qual afirmou que o seu país “tem forças e recursos suficientes para completar a guerra na Ucrânia” e assim alcançar os objetivos iniciais.

Os ataques ocorreram também depois de, na sexta-feira, as primeiras conversações diretas entre Moscovo e Kiev em anos não terem conseguido chegar a um acordo de cessar-fogo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a oferta do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de se encontrarem cara a cara na Turquia, depois de o próprio ter proposto negociações diretas – embora não a nível presidencial – como alternativa a um cessar-fogo de 30 dias, exigido pela Ucrânia e pelos aliados ocidentais, incluindo os EUA.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que planeia falar por telefone na segunda-feira com Putin, e a seguir com Zelensky e líderes de vários países da NATO, sobre o fim da guerra na Ucrânia.