“É necessário resolver a raiz de todas as formas de escalada na região através de uma solução justa, abrangente e duradoura para a causa palestiniana”, declarou Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.
Da mesma forma, expressou “a preocupação do Qatar com a extensão do ciclo de violência na região e as suas repercussões na segurança internacional e na estabilidade da zona”.
O primeiro-ministro do Qatar, também ministro dos Negócios Estrangeiros do seu país, manifestou esta posição durante um encontro, em Doha, com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit, com quem abordou “a evolução da situação na Faixa de Gaza e nos territórios palestinianos ocupados, assim como a ação conjunta dos árabes”.
A visita do chefe da Liga Árabe, formada por 22 países, incluindo o Qatar, ocorre um dia depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter estado em Doha em busca de um acordo para uma trégua no conflito em Gaza.
Blinken, que está na sua quinta viagem ao Médio Oriente, disse terça-feira em Doha que discutirá hoje a resposta do Hamas sobre um acordo com o Governo israelita, nomeadamente sobre uma trégua nas hostilidades, a ajuda humanitária a Gaza e a libertação de reféns.
O primeiro-ministro do Qatar fez estas declarações horas depois de a Arábia Saudita ter exigido o reconhecimento internacional de um Estado palestiniano nos territórios ocupados por Israel em 1967 – que incluem a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental – em troca do estabelecimento de relações diplomáticas entre o reino árabe e o Estado judeu.
A Arábia Saudita não mantém boas relações com o Hamas, embora seja um dos principais apoios da causa palestiniana e da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), presidida por Mahmoud Abbas, que consideram ser o representante legítimo do povo palestiniano.
O Qatar, que também não tem relações com Israel, é um mediador chave nos esforços para uma trégua e é um importante apoiador político e financeiro dos palestinianos, incluindo o Hamas, um grupo que tem o seu escritório político em Doha.
Comentários