Na nota, publicada na última noite pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de media recordou que recebeu no passado dia 27 de junho “uma oferta vinculativa para a aquisição da totalidade das ações representativas do capital social da Cofina Media” subscrita “por elementos da equipa de gestão daquela subsidiária”, por “quadros da mesma” e “por um conjunto de investidores”: Luis Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Cristiano Ronaldo, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira.
Depois disso, lembrou, recebeu a 20 de julho, uma oferta vinculativa “que também tem por objeto a aquisição das Ações da Cofina Media, subscrita pela Grupo Media Capital”.
Na sequência destas ofertas, “a Cofina tem estado em contacto com os potenciais compradores com vista à negociação das condições contratuais e comerciais”, destacou, com o objetivo de maximizar o “valor para a Cofina e para os seus acionistas”, relativamente a uma potencial alienação.
De acordo com a dona do Correio da Manhã, estas negociações “culminaram com a apresentação, pelo MBO [management buyout, ou seja, o grupo de quadros], através da sociedade veículo denominada Expressão Livre, SGPS, S.A., direta ou indiretamente detida pelos subscritores da Oferta MBO” bem como pela Media Capital, “de ofertas revistas finais, tanto quanto à contrapartida pelas ações da Cofina Media, como em relação às respetivas condições contratuais” (‘Best and Final Offers’ ou BAFO), ou seja, melhores propostas finais.
Nesse sentido, a proposta “apresentada pelo MBO tem por referência um ‘equity value’ [valor] da Cofina Media” de 56,7 milhões de euros.
No caso da Media Capital, a proposta do grupo prevê um ‘equity value’ da Cofina Media de 54,4 milhões de euros, ou “o equivalente ao preço de qualquer proposta concorrente recebida pela Cofina, até às 16:30 horas do dia 15 de setembro de 2023, acrescido de 5%” até ao limite de 56 milhões de euros.
A Cofina esclareceu que as propostas “serão analisadas pelos respetivos órgãos sociais competentes, que decidirão pela alienação, ou não, das ações da Cofina Media a um dos potenciais compradores”.
Na sua ponderação, os órgãos sociais da empresa terão em consideração, a contrapartida oferecida pelas ações, “as respetivas condições contratuais propostas” e o plano estratégico que os potenciais compradores pretendem implementar.
Segundo a empresa, “não foi tomada, à presente data, qualquer decisão de alienação, ou não, das ações da Cofina Media a um dos potenciais compradores” e “qualquer decisão que venha a ser tomada neste contexto pelos seus órgãos sociais sê-lo-á sempre na defesa dos interesses da Cofina e dos seus acionistas, numa perspetiva de maximização de valor para os mesmos, e do projeto estratégico” para o grupo.
A Media Capital anunciou em julho uma oferta pela Cofina, poucas semanas depois de o grupo de quadros ter avançado com a sua proposta.
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