Em declarações aos jornalistas, em Sines, o secretário-geral do PCP garantiu que marcará presença no debate para as eleições legislativas, agendado para o próximo sábado, na RTP 1, entre os líderes da CDU e da AD (PSD/CDS-PP/PPM).
“Lá estarei, sábado, à noite na RTP, para desenvolver o debate e não me passa pela cabeça que Luís Montenegro não apareça no debate que temos acertado já há muito tempo para discutir os aumentos dos salários, a distribuição de melhor da riqueza [e] o setor produtivo nacional”, afirmou.
Questionado sobre a disponibilidade para realizar o debate noutra data, Paulo Raimundo, esclareceu que o PCP está disponível para encontrar “soluções de agenda” com vista à sua realização.
“Se houver alguma dificuldade que impeça, do ponto de vista de agenda, que esse debate se realize no sábado, que é quando está marcado, encontraremos certamente, com o contributo das televisões, a possibilidade de fazer esse debate”, garantiu, à margem de uma ação junto dos trabalhadores da refinaria da Galp.
No entanto, e apesar da disponibilidade do PCP para encontrar uma nova data, Paulo Raimundo recusou a ideia de que Luís Montenegro não marque presença no debate.
“Não me passa pela cabeça que Luís Montenegro não esteja presente no debate, mas se caso não estiver encontrarei formas de lhe dizer aquilo que lhe diria no debate”, vincou.
Questionado sobre a eventual participação do líder do CDS-PP, Nuno Melo, nos debates, em lugar de Montenegro, Paulo Raimundo disse que, nesse caso, o representante da AD terá “de debater com outro candidato que não o secretário-geral do PCP”.
“Se as televisões admitirem que Nuno Melo vai ao debate, então, naturalmente não faltaremos ao debate. Não é com o secretário-geral do PCP”, avançou.
Já sobre a disponibilidade do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, para debater nas rádios com os três líderes da coligação AD, Paulo Raimundo disse entender essa proposta “como uma brincadeira de Carnaval”.
“Estamos aqui numa terra [Sines] que uma tradição extraordinária que é o Carnaval, tem muita força o Carnaval aqui em Sines, eu próprio sou um bom folião e, portanto, só posso entender isso como uma brincadeira de Carnaval, nesta altura em que estamos tão empenhados nessa festividade”, ironizou.
A “afirmação de Pedro Nuno Santos sobre o debate a quatro é uma afirmação irónica, não posso entender de outra forma e andamos aqui com fugas para a frente”, acrescentou.
“O problema é que temos uma realidade de um país, volto a dizer, 900 milhões de euros desta empresa [Galp] que tem mais do que condições de aumentar os salários de forma significativa a todos os trabalhadores e é isso que é preciso discutir, a responsabilidade e os caminhos para o futuro”, frisou.
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