“Quanto a uma eventual, possível, falada visita do Presidente [Volodymyr] Zelensky a Portugal, eu não vou dizer rigorosamente nada”, disse Rangel, argumentando com questões de segurança.
O ministro falava em Madrid, ao lado do homólogo espanhol, José Manuel Albares, com quem hoje se reuniu.
Sobre o acordo com a Ucrânia, que já foi anunciado pelo governo anterior, em julho de 2023, após uma cimeira da NATO (a organização de Defesa de paíseseuropeus e da América do Norte), Rangel disse que “os serviços diplomáticos” continuam a trabalhar no documento “até haver uma versão final em condições de ser assinada”, sem dar mais detalhes.
Está em causa um acordo bilateral de Portugal com a Ucrânia, em linha com outros que Kiev já asssinou ou se prepara para assinar com outros países. O objetivo é dar dar mais garantias de segurança à Ucrânia, com apoio militar e financeiro a longo prazo.
Rangel confirmou hoje que falou num domingo, numa “conversação até longa” com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, e reiterou que “o acordo está a avançar”.
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, confirmou hoje em Lisboa que a visita do Presidente da Ucrânia a Portugal “está a ser preparada”, sem adiantar mais pormenores sobre a data ou programa da deslocação.
“A visita está a ser preparada com a reserva que é suposto ter e já se verá, a muito curto trecho, como tudo acontecerá”, disse o ministro da Defesa aos jornalistas.
A deslocação de Volodymyr Zelensky a Portugal foi avançada na segunda-feira pela SIC, referindo ainda que o chefe de Estado ucraniano também deveria deslocar-se a Espanha para assinar acordos bilaterais de segurança, uma deslocação hoje confirmada e que ocorrerá na próxima sexta-feira.
O palácio real espanhol anunciou que Volodymyr Zelensky, é aguardado na sexta-feira em Madrid para uma visita oficial.
Zelensky será recebido pelo rei Filipe VI antes de um almoço oficial organizado em sua honra pelo palácio real de Madrid, indica a agenda do palácio.
Segundo o diário El País, esta visita será assinalada pela assinatura de um acordo destinado a garantir apoio militar de Madrid a Kiev.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, recusou também, como fez Rangel, comentar ou dar detalhes da visita de Zelensky ao país.
Os dois ministros reiteraram e garantiram o apoio “indefetível” (Rangel) de Portugal e Espanha, e por “tanto tempo quanto necessário” (Albares) à Ucrânia, sequência do ataque militar russo de fevereiro de 2022.
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