Margarida Laygue falava hoje na Casa dos Marcos, na Moita, durante a cerimónia de tomada de posse do cargo para o qual foi eleita na quarta-feira, durante uma Assembleia-Geral Extraordinária da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras.
A nova direção foi eleita a partir de uma lista apresentada por pais e funcionários da instituição.
“As nossas prioridades são esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”, disse a nova presidente da associação.
“As nossas prioridades são esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”, disse a nova presidente da associação, explicando que assumiu o compromisso “pelas continuidade da Raríssimas e por ser mãe de uma menina com uma doença rara”.
Na sua curta intervenção, Margarida Laygue reforçou também que é prioridade da nova direção “retomar a confiança de todos os parceiros” referindo-se em concreto a utentes, famílias, associados, colaboradores, Estado, mecenas e “todos os portugueses”.
Para concretizar estes desígnios “com concentração e serenidade”, a nova presidente da Raríssimas, adiantou que agora é o momento de a instituição ter o seu espaço “para agir e conseguir inverter a situação”.
“A palavra de ordem para a nossa direção será a transparência para que consigamos todos avançar. Teremos todo o gosto de prestar declarações a todos os órgãos de comunicação social mas numa fase mais tarde. Pedimos a compreensão no sentido de nos deixarem reunir toda a informação e traçar todos os planos para que consigamos avançar”, adiantou.
A direção que hoje tomou posse tem ainda como vice-presidente Mafalda Costa e Rui Pedro Ramos como tesoureiro.
A Assembleia-Geral elegeu ainda por voto secreto a nova presidente do Conselho Fiscal, Ana Paula Soares, que é diretora de recursos humanos e mãe de um menino com doença rara.
Esta nova direção visa substituir a que era liderada por Paula Brito da Costa, que se demitiu da presidência da Raríssimas após uma reportagem da TVI em que se levantavam suspeitas sobre a sua gestão..
Paula Brito da Costa foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária e Ministério Público.
A operação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
A investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.
O caso provocou a demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que foi consultor da Raríssimas.
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