“No que toca ao contingente português, ele é extremamente valioso no quadro em que já está que é o de uma Força de Reação Rápida. Aquilo que nos pedem é que continuemos a desempenhar essas funções”, afirmou Gomes Cravinho.
O responsável da tutela respondia a perguntas dos jornalistas à margem de uma visita ao Comando Conjunto para as Operações Militares, em Oeiras, onde está instalado o grupo de apoio ao coordenador do grupo de trabalho (‘task force’) do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, Vice-Almirante Gouveia e Melo.
“Aquilo que é reconhecido por todos é a enorme eficácia do contingente português que lá está. São cerca de 200 militares num quadro de 11.000. Esses 200 têm um impacto desproporcional em relação àquilo que é a MINUSCA como um todo”, disse o governante, adiantando que se vai efetuar “a substituição de contingentes menos operacionais por contingentes mais operacionais”, de entre as forças de outros países destacados na RCA.
A Missão das Nações Unidas na República Centro Africana (MINUSCA) solicitou à ONU um reforço de até três mil efetivos para ajudar os militares no terreno a estabilizar a região, revelou quinta-feira o segundo comandante Maia Pereira.
Este major-general português foi ouvido por videoconferência na Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República.
A RCA caiu no caos e na violência em 2013, após o derrube do então Presidente François Bozizé, por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas na anti-Balaka.
Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas.
Portugal tem atualmente na RCA 243 militares, dos quais 188 integram a MINUSCA e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até setembro de 2021.
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