A primeira — e principal – caixa negra do TU-154 da força aérea russa tinha sido já encontrada na passada terça-feira e os especialistas começaram já a analisá-la para determinar a causa do acidente.
O avião despenhou-se no mar no domingo, dois minutos depois de descolar, com boas condições climatéricas, da cidade costeira russa de Sochi.
Transportava os 64 membros do coro Alexandrov Ensemble, mundialmente como Coro do Exército Vermelho, para um concerto de ano novo numa base militar russa na Síria.
O Ministério russo da Defesa anunciou que 15 corpos e 239 fragmentos de corpos foram recolhidos no mar local do acidente.
A operação de buscas envolveu até agora 3.600 pessoas, incluindo 200 mergulhadores da marinha russa, provenientes de todo o país, que têm sido auxiliadas por drones e submersíveis.
Os investigadores estão a tentar determinar se o acidente foi provocado por erro humano, falha no equipamento, mau combustível ou objetos presos nos motores.
O diário russo Komsomolskaya Pravda e a publicação online Live.ru, citados pela agência Associated Press, publicaram o que descreveram como uma transcrição de uma conversação no cockpit, em que o co-piloto alerta para um problema nos flaps das asas do aparelho e depois grita: “comandante, estamos a cair!”.
Outro diário russo, o Kommersant, informou também que os investigadores acreditam que o acidente foi causado por uma combinação de um mau funcionamento dos flaps e um erro do piloto, que levou à perda de velocidade do avião e à sua precipitação.
Os flaps são painéis instalados nas extremidades das asas, responsáveis por fazer levantar ou baixar a aeronave.
O Serviço de Informações russo, FSB, tem até agora dito que não foram encontradas “nenhumas indicações ou factos que apontem para a possibilidade de um ataque terrorista ou um ato de sabotagem” ter provocado a queda do aparelho.
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