A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, disse hoje tratar-se de uma rede com 630 instalações já a funcionar no país e que tem dois objetivos principais.
”Tem um objetivo de proximidade muito evidente, porque está nas freguesias”, e tem um “elemento de inclusão”, frisou.
“Cada vez mais há um esforço de modernização muito relevante na administração pública, em que há muita coisa que nós podemos fazer 'online', mas há muita gente que ainda não faz, seja porque não sabe, seja porque não quer, seja porque quer ter essa interação mais pessoal”, afirmou.
E, segundo Alexandra Leitão, as instalações do Espaço Cidadão “permitem conjugar o uso da tecnologia com um acompanhamento a quem tem menos literacia digital”.
Em declarações aos jornalistas, após participar na inauguração do Espaço Cidadão de Vendas Novas, que vai funcionar na Biblioteca Municipal da cidade, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública salientou que o “balcão” vai prestar “vários serviços”.
“Podem renovar o Cartão de Cidadão”, no que respeita às pessoas com mais de 25 anos, “pedir cadernetas prediais, registos civis” ou “renovar a carta de condução”, entre outros serviços que, agora, “se podem fazer à ‘porta de casa’”, indicou.
E é esta “lógica de proximidade e de inclusão” que o Governo pretende que continue a marcar “o projeto de modernização da administração pública”, acrescentou.
Também presente na cerimónia, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, destacou que, com o Espaço Cidadão de Vendas Novas, são cinco os “balcões” desta rede instalados em bibliotecas públicas.
“Este é um caminho que me parece que é muito bom para a rede de Espaço Cidadão e para a rede de bibliotecas públicas”, argumentou.
Segundo Graça Fonseca, a rede de bibliotecas “tem uma capilaridade como poucas redes têm” no país, com espaços espalhados um pouco por todo o território nacional, mas é preciso dar hoje novos usos a esses polos.
“Hoje em dia, a forma como as novas gerações utilizam os conteúdos de uma biblioteca mudou muito desde as últimas décadas” e é preciso “conseguir, mantendo esta ligação às pessoas, ter novos usos que, no fundo, criem sinergias novas”, defendeu.
“E a localização do Espaço Cidadão é um dos usos mais importantes”, porque, através deste tipo de espaços, onde “ muitas pessoas vão para renovar o Cartão de Cidadão ou a carta da condução”, também é possível fazer com que, quando estão na biblioteca, requisitem “um livro para ler em casa ou com os netos à noite”.
“Será, evidentemente, uma sinergia muito importante, quer para o Espaço Cidadão, quer para as bibliotecas e, neste caso, para o incentivo à leitura”, sublinhou Graça Fonseca.
O presidente da Câmara de Vendas Novas, Luís Dias, congratulou-se pelo facto de o concelho ter este novo serviço, que não implica “custos acrescidos para o município” e que, além do mais, possibilita “rentabilizar a biblioteca pública”.
“Neste Espaço Cidadão vamos ter 60 novos serviços que não tínhamos em Vendas Novas, sobretudo serviços ‘online’ a que nem toda a gente tem acesso”, pertencentes a “15 entidades distintas da administração central”, afirmou.
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