De acordo com uma nota do Ministério da Justiça, citada pela agência francesa de notícias, o Governo afirma que “dos incidentes comprovados, alguns são atribuíveis a instrutores russos que apoiam as forças armadas da RCA” na luta contra os rebeldes.
A admissão de envolvimento de militares centro-africanos contrasta com a reação das autoridades em março, quando reagiram a um relatório das Nações Unidas reportando violações de direitos humanos classificando-o de “meras denúncias”.
Para o governo da RCA, os crimes e atos de tortura foram cometidos “principalmente” por rebeldes, mas as autoridades admitem também que “os responsáveis por estes incidentes inserem-se em três categorias, para além das forças de manutenção da paz”, detalhando que a maioria é composta por rebeldes, mas há também elementos das forças de segurança e instrutores russos.
Moscovo reconhece oficialmente a presença de apenas 1.135 “instrutores desarmados”, mas as organizações não governamentais que operam no território afirmam que alguns destes são militares do grupo de segurança privada Wagner.
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