Baroin disse à estação de rádio RTL que no próximo domingo vai votar “naturalmente” em Emmanuel Macron, acrescentando, no entanto, que os liberais que apoiam o candidato presidencial querem formar “uma plataforma governamental própria” para as próximas legislativas.
“A regra é clara. Todos os que se aproximem da Frente Nacional nas presidenciais e legislativas são excluídos”, avisou Baroin sublinhando que o mesmo procedimento disciplinar vai ser aplicado a todos os que se associem ao movimento “Em Marcha”, de Macron.
“Emmanuel Macron ganhou a batalha da ambiguidade mas vai perder a batalha da clareza”, disse Beroin.
Por outro lado, o líder dos republicanos (Les Républicains - LR) firmou que nas legislativas vai apresentar um projeto de “recuperação e alternância sem equívocos”.
“Vamos levar a cabo uma campanha que vai ser a ‘mãe de todas as batalhas’”, frisou, referindo-se às próximas eleições legislativas francesas.
O candidato do LR ao Eliseu, François Fillon, conseguiu a terceira posição na primeira volta das eleições presidenciais do passado dia 23 de abril, ficando fora da segunda volta.
Fillon foi atingido, durante a campanha eleitoral, pelos escândalos provocados pelas investigações aos empregos, supostamente fictícios, que atribuiu à mulher e aos filhos, como assistentes parlamentares, com dinheiro público.
O partido mostrou-se desde o início da campanha presidencial contrário à candidatura de Marine Le Pen tendo muitos dirigentes votado em Macron na primeira volta, para evitar a vitória da candidata da Frente Nacional.
Baroin, senador e presidente da autarquia de Tryes, recordou que “desde que está na política” combateu a Frente Nacional e que o projeto de Marine Le Pen é “mais do que perigoso” para a França, referindo-se em particular à proposta de abandonar a moeda única europeia.
Segundo Baroin, a medida apoiada por Le Pen pode provocar “o afundamento do património dos franceses, o afundamento das pensões e dos salários” e que “tudo acabaria nas ruas e em violência”.
Os republicanos anunciaram na terça-feira que vão expulsar Richard Trinquier, presidente da Câmara de Wissous, por ter anunciado o voto em Marine Le Pen, no próximo domingo.
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