De manhã, os serviços de emergência foram “informados de que um barco cheio de migrantes estava ao largo da costa de Dieppe”. Uma lancha costeira da Guarda Marítima “resgatou o barco, que estava em dificuldades, durante a tarde”.
A tripulação recuperou “66 tripulantes náufragos, incluindo mulheres e crianças”, segundo a Prefeitura Marítima.
Os náufragos foram então “levados para o porto de Dieppe, onde estão a ser assistidos pelos serviços de salvamento em terra e pela polícia de fronteira”, estando alojados num ginásio.
“Os serviços do Estado estão a analisar a situação administrativa dos migrantes caso a caso. Três pessoas já foram detidas pela polícia nacional e colocadas sob custódia por suspeita de serem traficantes de seres humanos”, declarou a prefeitura num comunicado de imprensa.
Entretanto, no Reino Unido, os primeiros migrantes suscetíveis de serem deportados para o Ruanda foram detidos e colocados sob custódia, anunciou hoje o Governo britânico, com o primeiro-ministro, Rishi Sunak, a saudar o facto como uma nova etapa na aplicação de uma medida emblemática da sua política de migração.
O Governo conservador prometeu pôr fim a estas travessias de imigrantes. Desde o início do ano, chegaram mais de 7.500 pessoas, um recorde histórico para os primeiros quatro meses do ano.
Na segunda-feira, o Reino Unido deportou o primeiro requerente de asilo para o Ruanda, na sequência do seu programa voluntário para migrantes a quem foi recusado asilo, divulgaram os meios de comunicação social britânicos.
Organizações como os Médicos Sem Fronteiras rejeitaram “por razões médicas, éticas e humanitárias” o projeto de lei aprovado na Câmara dos Comuns do Reino Unido para transferência de requerentes de asilo para o Ruanda.
Para a diretora executiva de MSF no Reino Unido, Natalie Roberts, este é “mais um capítulo sombrio na brutal abordagem britânica à migração”, baseada “em políticas de dissuasão, externalização e punição de pessoas que procuram proteção”.
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