O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares, comissão de trabalhadores, advogados da empresa, Instituto da Segurança Social e o IAPMEI reuniram-se hoje no Porto para tentar encontrar um rumo para a situação que se vive na cervejaria, desde 11 de novembro gerida pelos funcionários.
Segundo a fonte, saiu-se da reunião “sem decisões”, mantendo a empresa a informação de que “continua à procura de um investidor” para conseguir viabilizar o projeto.
Em face do impasse, acrescentou a fonte, a “gestão vai continuar como está, a ser feita pelos trabalhadores” e foi agendada uma reunião para a próxima quarta-feira, agora com as advogadas da empresa detentora da cervejaria “para debater aspetos da gestão e da faturação, de quem vai pagar as futuras contas da luz, água e gás”.
“O local ainda está por combinar”, acrescentou a fonte.
A Cervejaria Galiza está, desde há quatro anos, em dificuldades, com dívidas aos funcionários, ao fisco e à Segurança Social que ascendem aos dois milhões de euros.
A tentativa de resolver o problema passou pelo recurso a um Processo Especial de Revitalização (PER), aceite pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, e pela chegada de um gestor.
Os 31 trabalhadores mantêm-se, desde o dia 11 de novembro, de dia e de noite de forma alternada nas instalações, depois de se terem apercebido, nesse dia, da tentativa da retirada do equipamento pela proprietária da cervejaria.
Fundada a 29 de julho de 1972, a cervejaria detida pela empresa Atividades Hoteleiras da Galiza Portuense é uma das referências do Porto no setor da restauração.
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