O livro, escrito pelo jornalista português Carlos Diogo Santos e pelo comissário da Polícia Civil do Rio de janeiro Aurílio Nascimento relata todos os passos de um inquérito que começou em 2009, com o desaparecimento e homicídio – ainda sem julgamento marcado – da companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira.
Os autores lembram que existe já uma acusação e a certeza de que o antigo político português Domingos Duarte Lima terá de enfrentar julgamento pelo homicídio de Rosalina Ribeiro, quer seja em Portugal ou no Brasil, e que o livro, após um trabalho exaustivo de consulta de dados, de conversas com pessoas próximas de Rosalina Ribeiro e de Duarte Lima, desvenda algumas informações até aqui desconhecidas.
Assim, sublinham, todo o livro se baseia nos resultados da investigação, num processo que corre na justiça brasileira e que já tem 16 volumes e mais de 3100 folhas e quatro apensos.
A ex-ministra Paula Teixeira da Cruz, indica, no prefácio, que foi a disputa de uma herança multimilionária e atos praticados em função desta que criaram um contexto propício à morte de Rosalina.
“Quem matou Rosalina Ribeiro é uma resposta que só a Justiça dará”, diz Paula Teixeira da Cruz, num prefácio em que lembra que o ser humano é capaz do melhor e do pior.
Carlos Diogo Santos disse à Lusa que a ideia de escrever o livro surgiu em 2015, mas só avançou em 2016, tendo sido redigido durante um período de quatro a cinco meses, com alguns intervalos.
“o funeral”, “as últimas horas”, “O interrogatório-chave”, “O xeque-mate”, “O email secreto”, “O apertar do cerco em Portugal e no Brasil” e “Duarte Lima pagava contas a Rosalina para um acerto futuro” são alguns dos capítulos do livro sobre o caso de Rosalina Ribeiro, uma portuguesa de 74 anos que saiu de casa para se encontrar com o seu advogado e horas depois foi assassinada com tiros no peito e na cabeça e que, por pouco não foi enterrada como indigente, por não ter identificação.
Só duas semanas depois se ligou o seu desaparecimento ao corpo encontrado em Saquarema. Quando questionado pela polícia, o seu advogado, Duarte Lima, disse que levou a cliente para um encontro com uma mulher misteriosa, cuja existência nunca se provou, conforme é dito no livro.
Em 2016, Duarte Lima foi acusado no Brasil de apropriação indevida de 52 milhões de euros, pertencentes a Rosalina Ribeiro, o que para as autoridades brasileiras terá sido o móbil do crime. O político português refutou tais imputações.
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