O navio "Queen Hind", que carregava 14.600 ovelhas e tinha bandeira de Palau, afundou por razões desconhecidas, pouco depois de deixar o porto de Midia, na Roménia, a caminho da Arábia Saudita. Os 21 membros da tripulação — 20 sírios e um libanês — sobreviveram ao desasttre.
Depois deste episódio, os ativistas pediram a proibição das exportações de animais vivos da Europa para países não pertencentes à União Europeia.
Cerca de um ano depois, a Roménia é acusada de "silêncio total" no que diz respeito à investigação, escreve o jornal britânico.
Na altura, imagens divulgadas pela ONG Animals International mostraram dezenas de ovelhas afogadas. No fim do resgate, apenas foram retiradas da água 228 ovelhas e somente 180 sobreviveram.
O primeiro-ministro da Roménia, Ludovic Orban, prometeu na televisão, no ano passado, encerrar as exportações de animais vivo a "médio prazo". No entanto, desde o desastre do "Queen Hind", mais de 2 milhões de animais foram exportados do país, principalmente para o norte de África e Médio Oriente.
Além disso, neste espaço de tempo, a única informação que surgiu foi a descoberta, pela empresa contratada para retirar o "Queen Hind" da água, de compartimentos secretos a bordo do navio, com animais mortos lá dentro — facto negado pela empresa que geria a embarcação.
Todavia, o ministério dos transportes da Roménia disse ao The Guardian que as investigações foram concluídas e que um resumo do relatório será publicado online, afirmando ainda que o objetivo da investigação técnica é apurar questões de segurança marítima e prevenir futuros acidentes — e "não constituir culpa das pessoas envolvidas".
De acordo com a legislação da União Europeia, as investigações sobre acidentes marítimos devem ser relatadas na íntegra no prazo de 12 meses. Contudo, se um relatório final não for possível nesse prazo, deve ser depois publicado um relatório intercalar no prazo de mais 12 meses.
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