Desde a imposição de sanções ocidentais na sequência da invasão total da Ucrânia em 2022, Moscovo tem recorrido a centenas destes navios, operando sob propriedade pouco transparente e com seguros de fiabilidade duvidosa.

Os governos europeus acusam frequentemente estes navios de danificar, de forma deliberada ou acidental, cabos submarinos, além de representarem uma ameaça ambiental marítima.

O governo sueco afirmou, em comunicado, que as novas regras “reforçam os controlos sobre navios estrangeiros, exigindo informações sobre os seguros”.

Segundo o executivo, o objetivo é “combater esta frota e, ao fazê-lo, melhorar a segurança marítima e a proteção ambiental”.

A guarda costeira sueca e as autoridades marítimas passarão a verificar os dados dos seguros não só dos navios que atracam em portos suecos, mas também daqueles que cruzam as águas territoriais da Suécia ou a sua zona económica exclusiva, que se estende até cerca de 200 milhas náuticas a partir da costa.

A Suécia e a Finlândia — que aderiram recentemente à NATO — estão particularmente atentas a incidentes no mar Báltico que possam afetar infraestruturas de energia e de comunicações, após vários episódios de danos ocorridos no final de 2024.

“Estamos a assistir a um número crescente de incidentes preocupantes no mar Báltico, o que exige que nos preparemos para o pior”, afirmou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, no comunicado de sábado.

Acrescentou ainda que as informações recolhidas ao abrigo das novas regras serão partilhadas com os aliados e poderão ser integradas em bases de dados utilizadas para aplicar sanções.

Na semana passada, a União Europeia aprovou o 17.º pacote de sanções contra a Rússia, que abrange quase 200 navios pertencentes à chamada “frota sombra”.