“Tenho absoluta confiança no trabalho que a direção executiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde] está a fazer nessa matéria. Recuperamos em absoluto, não apenas a qualidade e a segurança, mas a previsibilidade. O sistema conforme tem funcionado, tem funcionado bem (…). Tomamos medidas e monitorizadas. Elas neste momento estão a funcionar bem. Vamos vendo. Se for possível melhorar, de certeza que a direção executiva vai propor melhorar”, disse Manuel Pizarro.
No Porto, à margem da inauguração do Centro de Mama do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), Manuel Pizarro foi confrontado pelos jornalistas com as declarações do coordenador da Comissão de Acompanhamento de Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos, Diogo Ayres de Campos, que considerou que “o fecho rotativo de serviços é insustentável”.
“Estamos a reunir regularmente com a Direção Executiva do SNS (DE-SNS) para encontrar uma solução, igualmente provisória porque continuam a faltar médicos, mas [que seja] mais sustentável no tempo”, afirmou Diogo Ayres de Campos, em entrevista ao Expresso.
Repetindo que os atuais resultados são “bons”, Manuel Pizarro disse que “a direção executiva do SNS trabalha quotidianamente” para “adaptar as respostas às realidades que existem, melhorando-as o mais possível”.
“O sistema é para funcionar de acordo com a orientação técnica da direção executiva do SNS. A minha avaliação política dessa orientação é de que tem tido bons resultados”, disse o governante.
Sem comentar diretamente as declarações de Diogo Ayres de Campos, Pizarro disse que “esse diálogo técnico tem de ser feito” e insistiu que os números atuais são “positivos”.
“A verdade é que já temos números para mostrar. No Natal e Passagem de Ano tudo funcionou sem nenhum problema, de forma previsível. Nasceram 849 bebés nas maternidades do SNS sem que se tenha verificado dificuldades”, referiu.
Manuel Pizarro acrescentou que “em abstrato” desejaria que “tudo estivesse a funcionar em todos os momentos”, mas lembrou que “não sendo possível porque não há, ainda, recursos humanos para isso”, o modelo atual é “confiável”.
“Acho que, neste momento, as senhoras que estão grávidas sentem muita confiança no que está a acontecer”, afirmou.
Voltando à decisão de não encerrar maternidades, o governante reiterou a explicação que as unidades não serão fechadas porque isso “colocaria muitas mulheres demasiado longe da maternidade mais próxima”, bem como porque há serviços de obstetrícia que estão a formar jovens médicos, novos especialistas”.
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