“Isto não é um caso isolado, porque não fazemos isto ‘a domina’. Implicamos com aquele e não implicamos com outros. Isto é uma regra e esta regra é aplicada e depois verificamos se há um caso, se há dois ou se há dez”, disse aos jornalistas o líder dos social-democratas à margem da visita que efetuou a Monchique, no Algarve.
Para Rui Rio, o que está em causa, “é alguém ser candidato a uma autarquia, e que está autorizado pelo partido a gastar cem e gasta 150”.
“Então tem de dar uma resposta para os 50 que gastou a mais, porque isto somado e multiplicado por muitos casos, torna-se absolutamente impraticável. Essa responsabilização é o que nós temos de fazer”, frisou.
Na sua opinião, se se falar de quatro ou cinco mil euros “não há problema, acontecendo o mesmo com quem gasta 40, 50 ou 60 mil, caso a pessoa esteja na disponibilidade de assumir a responsabilidade e encontrar e articular uma forma de resolução”.
“Obviamente que temos um problema quando não é assim e isto tem de servir também de exemplo para o futuro, porque dentro dos partidos tem de haver sentido de responsabilidade”, destacou.
Rui Rio acrescentou que os partidos não podem ter um “passivo monstruoso, relativamente àquilo que é o seu ativo e depois porem-se perante o eleitorado a dizerem, ‘votem em mim para governar o país’”.
“Como é que eu vou governar o país se não consigo governar o partido”, questionou.
Rui Rio disse desconhecer o número de casos identificados de autarcas que ultrapassaram os orçamentos da campanha muito acima dos valores estipulados, “sendo a secretaria-geral a tratar dos casos”.
“Eu tenho a responsabilidade política para dizer que sim a esta medida, disto não tenham dúvidas”, sublinhou o líder partidários, acrescentando que o número de casos será conhecido depois de serem publicados pelos tribunais.
Segundo Rui Rio, o partido “apenas quer ser ressarcido das verbas gastas indevidamente pelos candidatos”.
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