“A procura da vacina russa no estrangeiro é realmente muito elevada. Tão elevada que excede consideravelmente a capacidade de produção”, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa.
O porta-voz do Kremlin sublinhou que “a campanha nacional de vacinação é uma prioridade absoluta”, detalhando que “todas as capacidades de produção foram mobilizadas e, em primeira instância, elas trabalham para o mercado interno”.
Hoje, o presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobianin, disse, no seu blogue, que cerca de 600 mil pessoas já foram vacinadas na capital russa, o que, no seu entender, prova “a sua eficácia e segurança”, acrescentando que são muitos os países que “demonstraram interesse no medicamento”.
De acordo com o Fundo Russo de Investimentos Diretos – a agência fundada em 2011 para investir no capital social de empresas na Rússia – 27 países na Europa, América Latina, Médio Oriente, África e Ásia registaram oficialmente a vacina Sputnik V.
Peskov disse ainda que a Rússia propôs a outros países a produção da vacina russa, para aumentar a sua capacidade de oferta.
De acordo com o diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos, Kiril Dmitriev, a Rússia fechou contratos com 15 empresas farmacêuticas de 10 países, que serão capazes de produzir cerca de 1,4 mil milhões de doses, suficientes para vacinar 700 milhões de pessoas.
Com essa estratégia, as produções feitas na China, Índia, Coreia do Sul e Irão serão destinadas a exportação para países terceiros, enquanto Sérvia e Brasil produzirão para consumo interno.
Numa conversa telefónica hoje realizada entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, os dois líderes discutiram as perspetivas de uso e produção conjunta da Sputnik V neste país da Ásia Central.
O Cazaquistão iniciou a produção da vacina russa no final de dezembro, sob um contrato assinado entre o Fundo Russo de Investimentos Diretos e o Ministério da Saúde deste país.
O número total de vacinados em toda a Rússia é desconhecido, numa altura em que o volume de novas infeções com o novo coronavírus mantém a tendência de queda, com 13.447 novos casos detetados nas últimas 24 horas, para um total de 4.125.598 infetados desde o início da pandemia.
A Rússia ocupa o quinto lugar mundial em número total de infeções, sendo apenas superada pelos Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.
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