O ministério adiantou que os aviões de guerra serão colocados em alerta 24 horas por dia na base do enclave no Mar Báltico, que faz fronteira com dois países membros da NATO (Polónia e a Lituânia).

Um vídeo divulgado hoje pelo Ministério da Defesa mostra a aterragem dos caças na base, mas sem os mísseis, que terão chegado a Chkalovsk separadamente.

A Rússia afirma que o Kinzhal tem um alcance de até 2.000 quilómetros e voa a 10 vezes a velocidade do som, dificultando a interceção.

Estes mísseis de última geração têm sido usados para atingir vários alvos na Ucrânia, país que a Rússia invadiu a 24 de fevereiro.

O Kremlin reforçou anteriormente as suas forças em Kaliningrado, incluindo com armas de última geração, como mísseis de precisão Iskander e sistemas de defesa aérea.

O anúncio surge na sequência de críticas e ameaças de Moscovo a países que têm feito entregas de armas à Ucrânia, incluindo a Polónia e as nações do Báltico.

Segundo a Rússia, as entregas de armas pelos Estados Unidos e seus aliados para defesa da Ucrânia “prolongam o conflito” do país que invadiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas de suas casas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 174.º dia, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.