O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Stef Blok, pediu a Moscovo que aceitasse as conclusões de uma investigação, segundo a qual o avião foi abatido por um míssil Buk da 53.ª brigada antiaérea baseada em Koursk, na Rússia.
“Com base nas conclusões [das equipas internacionais], a Holanda e a Austrália estão agora convencidas que a Rússia é responsável pela instalação do sistema de mísseis Buk, usados para abater o MH17″, declarou, na semana passada, o chefe da diplomacia holandesa.
O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, rejeitou os pedidos, sublinhando que a “linguagem dos ultimatos não é algo que qualquer um pode usar quando se dirige à Rússia”.
“Não podemos aceitar a conclusão sem fundamento” da equipa de investigadores liderada pela Holanda, acrescentou o diplomata russo.
O ministro holandês desvalorizou os comentários do embaixador russo, “que não são novidade”, e instou mais uma vez a Rússia a trabalhar com a Holanda e a Austrália para identificar os responsáveis.
O voo MH17 saiu de Amesterdão, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi atingido por um míssil a leste da Ucrânia, a 17 de julho de 2014. Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram no acidente.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, expressou apoio aos pedidos para que a Rússia reconheça o papel “na tragédia” e ajude os responsáveis a prestarem contas.
Apesar das negações, “não há dúvida de que a Rússia está por trás do conflito ucraniano”, disse Nikki Haley.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Pavlo Klimkin, a negação russa às conclusões da investigação não é “minimamente surpreendente”.
A Ucrânia irá apresentar documentos ao Tribunal Internacional de Justiça, no próximo mês, para mostrar que a Rússia está a quebrar as convenções sobre o antiterrorismo, garantiu o ministro ucraniano.
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