“Condenamos veementemente estes ataques qualquer que seja o responsável. Mas é necessário abster-se de tirar conclusões precipitadas”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado.
O Ministério considerou “inaceitável acusar quem quer que seja de estar ligado a este incidente antes da conclusão de uma investigação internacional detalhada e imparcial” expressando a sua preocupação com as tensões no mar de Omã.
“Estamos a testemunhar uma escalada artificial de tensões, em grande parte devido às políticas anti-irão dos Estados Unidos”, referiu a mesma fonte, pedindo “contenção” a todas as partes.
Dois petroleiros, um norueguês e um japonês, foram na quinta-feira alvo de um ataque no mar de Omã, em pleno Golfo Pérsico, uma região já sob tensão devido à crise entre os Estados Unidos e o Irão.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que os ataques a dois petroleiros no mar de Omã “têm a assinatura” do Irão, baseando-se num vídeo, entretanto divulgado pelo Pentágono.
“Vemos um barco com uma mina que não explodiu e que tem a assinatura do Irão”, afirmou Donald Trump, numa declaração à estação televisiva Fox, referindo-se às imagens divulgadas pelo Pentágono, que os EUA dizem mostrar a Guarda Revolucionária iraniana a remover uma mina por detonar de um dos petroleiros atacados no mar de Omã, sugerindo que Teerão estaria a tentar retirar provas do seu envolvimento.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou o Irão de ser “responsável” pelos ataques, mas o Governo do Irão rejeitou a acusação e condenou os incidentes “com a maior veemência possível”.
O Presidente do Irão, Hassan Rohani, também acusou hoje os Estados Unidos de serem uma “grave ameaça à estabilidade” regional e mundial, após Washington responsabilizar Teerão pelos ataques.
Washington, que tem endurecido sistematicamente as sanções económicas e diplomáticas contra Teerão após sair de um acordo internacional de 2015 sobre o nuclear iraniano, multiplicou no início de maio as suas tropas no Médio Oriente, acusando o regime iraniano de preparar ataques “iminentes” contra interesses americanos.
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