Contactada pela agência Lusa, uma fonte do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) adiantou que as obras vão “começar o mais breve possível”, a começar pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte), uma vez que o investimento de 738 mil euros já foi autorizado pela secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, na passada quarta-feira.
“O Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte) vai ser remodelado, pretendendo, assim melhorar a sua capacidade cirúrgica e de resposta com excelência à sua elevada procura”, anuncia o centro hospitalar em comunicado.
Em 2017, o Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva realizou perto de 20 mil consultas e 3.800 cirurgias, tendo passado pelo internamento 937 doentes, valores que superaram os obtidos em 2016, sobretudo pelo aumento da Cirurgia de Ambulatório, adianta o CHLN.
No novo espaço, o internamento contará com quartos com menos camas para maior conforto dos utentes, uma vez que todos os quartos terão casa de banho privativa e existirá também um quarto que poderá servir para isolamento.
Segundo o CHLN, o objetivo desta remodelação é “continuar o processo de diferenciação setorial, designadamente desenvolvendo as áreas de cirurgia craniofacial, máxilo-facial e de reconstrução cirúrgica da cabeça e pescoço e mama”, procedimentos de “elevada complexidade e excelência clínica”.
Além desta remodelação, o centro hospitalar projeta um investimento de cerca de 10 milhões de euros em “áreas sensíveis da Cirurgia Plástica e Medicina Intensiva”, designadamente na Unidade de Queimados, em que o objetivo é aumentar a dotação de camas.
A atual estrutura assistencial de cuidados especiais de queimados é composta por cinco camas e apresenta uma taxa de ocupação de 85%, sendo que em grande parte do ano o CHLN não tem capacidade de resposta para solicitações exteriores.
Esta requalificação da Unidade de Queimados, estimada em seis milhões de euros, pressupõe a sua relocalização para o piso 2, permitindo ampliar os serviços e a capacidade para 16 camas, numa área com geometria adequada e no perímetro dos Cuidados Intensivos e da Urgência Central.
No Serviço de Medicina Intensiva, o objetivo é aumentar para 25 o número de camas de cuidados intensivos numa área com “geometria adequada, contígua ao Serviço de Urgência, melhorando a assistência ao doente crítico no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte”, um investimento orçado em cerca de quatro milhões de euros.
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