De acordo com o The Guardian, a população e turistas em Santorini foram aconselhados a evitar a orla costeira e prédios abandonados, a esvaziar piscinas e a evitar aglomerações em grandes números em espaços fechados.
Além disso, as autoridades locais decidiram que as escolas da ilha vão continuar encerradas por precaução esta segunda-feira.
Equipas especiais dos bombeiros e da polícia dirigiram-se para a ilha, enquanto se registaram pequenos deslizamentos de terras na caldeira de Santorini, perto do antigo porto de Fira.
No início da noite de domingo, enquanto medidas semelhantes eram tomadas em Amorgos e nas ilhotas próximas de Ios e Anafi, equipas de resgate em Santorini prepararam tendas em áreas elevadas em campos de basquetebol e em estacionamentos. No caso de um tsunami, as pessoas foram instruídas a ir para o interior.
Quanto começou a crise sísmica?
As autoridades gregas emitiram um alerta devido à elevada atividade sísmica registada em Santorini desde sexta-feira, enquanto centenas de terramotos de até 4,5 graus na escala Richter abalam esta pequena e turística ilha vulcânica localizada no Mar Egeu.
Desde as 06h00 de domingo e até às 11h00 horas locais (o que na hora no meridiano de Greenwich - GMT corresponde ao período entre as 04h00 e as 09h00) foram registados mais de 30 sismos numa zona marítima entre as ilhas de Santorini e Amorgos, sem causar danos, segundo o Instituto Geodinâmico de Atenas.
O maior tremor foi de magnitude 4,5 graus na escala Richter e foi registado às 09h22 horas locais, a cerca de 36 quilómetros a noroeste de Santorini, a uma profundidade de dois quilómetros.
A frequência particularmente densa dos terramotos colocou as autoridades em alerta, que instaram os habitantes da ilha a evitar dois pequenos portos e a abster-se de se reunirem em espaços fechados.
Qual é o pior cenário em causa?
Segundo o Ministério da Proteção Civil da Grécia, a atividade sísmica dos últimos dias não está ligada ao vulcão de Santorini, mas sim a falhas subaquáticas na zona.
Embora os especialistas peçam para “manter a calma”, o professor de Sismologia da Universidade de Atenas, Akis Tselendis, aconselhou os residentes a estarem preparados para tudo e a obedecerem às instruções dos especialistas e do Governo.
Segundo Tselentis, o maior perigo que pode surgir desta elevada atividade sísmica na zona é um tsunami, como o que ocorreu perto de Amorgos em 1956, após um terramoto de magnitude 7,3 graus na escala Richter, que causou a morte de 53 pessoas.
A Grécia está situada sobre múltiplas falhas geológicas e é propensa a sismos. Entre Santorini e Amorgos existe um total de cinco grandes falhas de mais de 20 quilómetros cada, que podem produzir sismos até 7,3 graus na escala Richter.
Uma das maiores erupções da história, por volta do ano 1600 antes de Cristo, deu à ilha a forma atual e formou um tsunami que atingiu Creta. A última erupção na área ocorreu em 1950.
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