“Uma data para lembrar o horror e o genocídio de milhões de judeus. Esse horror tem de ser combatido. Sempre. E agora. E dizer, nunca mais a todos os atos de negação da dignidade humana, seja de quem for”, escreveu Augusto Santos Silva, na rede social X (antigo Twitter).
Num pequeno vídeo, Santos Silva considera o Holocausto “um dos atos mais bárbaros da humanidade”.
“Nós levantamo-nos contra essa tentativa de negar a dignidade humana seja a quem for, como os nazis fizeram quer com judeus, quer com homossexuais, quer com opositores políticos, quer com ciganos, quer com doentes supostamente incuráveis”, refere.
Para o presidente do parlamento e segunda figura do Estado, “a melhor maneira de homenagear as vítimas do Holocausto é dizer nunca mais”.
“Nunca mais ao extermínio de povos, nunca mais à negação da dignidade humana seja a quem for, por que motivos for, seja por motivos étnicos, políticos, religiosos ou de orientação”, disse, considerando que tal constitui uma “responsabilidade moral” quer, anualmente a 27 de janeiro, quer em todos os outros dias do ano.
“Nós somos iguais na nossa dignidade humana e ninguém pode negar essa igualdade”, salientou.
Também o Presidente da República apelou hoje à mobilização dos cidadãos contra todas as formas de racismo, antissemitismo, discriminação, xenofobia e homofobia, realçando que não desapareceu o discurso de ódio contra minorias étnicas ou religiosas, numa mensagem escrita publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet para assinalar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
"Nesta data, associando-se às Nações Unidas para assinalar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o Presidente da República presta homenagem às vítimas dos crimes contra a humanidade cometidos na Segunda Guerra Mundial, recordando que o discurso de ódio contra minorias étnicas ou religiosas não desapareceu das nossas sociedades", lê-se no texto de Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado "reforça, por isso, o alerta para que não desmobilizemos do combate a todas as formas de racismo, antissemitismo, discriminação, xenofobia e homofobia, e lutarmos pela solidariedade e fraternidade humanas, ontem como hoje".
Esta mensagem surge numa altura em que grupos de extrema-direita estão a convocar na Internet uma manifestação sob o lema "Contra a islamização da Europa" para 3 de fevereiro na zona do Martim Moniz, em Lisboa, onde se concentram imigrantes, que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu não autorizar.
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