“A guerra fez com que as pessoas em toda a Europa tomassem consciência de uma coisa: a Ucrânia faz parte da nossa família europeia”, disse Scholz ao entregar a Zelensky o Prémio Internacional Carlos Magno, que lhe foi atribuído em conjunto com o povo da Ucrânia.

“A guerra de agressão da Rússia aproximou a União Europeia e a Ucrânia mais que nunca”, acrescentou o líder alemão.

Segundo os organizadores, o prémio reconhece que a sua resistência à invasão russa é uma defesa “não só da soberania do seu país e da vida dos seus cidadãos, mas também da Europa e dos valores europeus”.

Presente na cerimónia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, referiu que Zelensky e o povo ucraniano “estão a lutar pelos valores e pela obrigação que este prémio representa”.

“Ao fazê-lo, estão também a lutar pela nossa própria liberdade e pelos nossos valores. A democracia e o Estado de direito, a liberdade de expressão e a liberdade de criar o seu próprio destino”, acrescentou.

Após conversações oficiais em Berlim, Zelensky e Scholz viajaram juntos para Aachen, no ocidente da Alemanha, para a entrega do prémio.

Embora os líderes alemães tenham expressado um forte apoio à Ucrânia, os eleitores alemães estão divididos sobre se o país deve fornecer mais armas, particularmente caças avançados do tipo que Kiev está a pedir aos seus aliados.

A UE concedeu a Kiev o estatuto de candidato oficial em junho de 2022, mas exige mais reformas, nomeadamente na luta contra a corrupção.

Bruxelas estima que as conversações para a entrada na UE demorem entre seis a 10 anos a contar desde o seu início, enquanto Kiev pretende uma integração mais rápida.