Num almoço-comício em Gondomar (Porto), que juntou cerca de 500 pessoas, segundo a organização, Sebastião Bugalho voltou a defender que a escolha nas europeias de domingo “é muito simples”.
“Alguém que vota AD sabe naquilo que vai votar, não vai votar em alguém que, ora vira à esquerda para governar, ora vira à direita para impedir de governar”, disse.
No dia em que a presidente da Comissão Europeia e recandidata ao cargo se juntará à campanha da AD, Bugalho salientou que o PS “ora elogia Ursula Von der Leyen pelo mandato que fez, ora diz que está feita com a direita financiada por Vladimir Putin”.
“Nós não saímos do mesmo sitio, sabem porquê? Porque os nossos adversários mudam de aliados consoante o sítio onde estão, mudam de aliados consoante a eleição que disputam, até mudam de aliados dentro do seu próprio partido, porque têm posições diferentes dentro do PS”, criticou.
O “número um” da lista da AD apontou, de seguida, a razão pela qual a coligação composta por PSD, CDS-PP e PPM está sempre no mesmo sítio.
“É porque só temos uns aliados: os portugueses. Não nos aliamos nem à esquerda nem à direita, não nos aliamos nem com extremistas nem com populistas, não nos aliamos nem com eurocéticos nem com eurofóbicos, aliamo-nos ao povo português, aos democratas europeus”, defendeu.
Sebastião Bugalho voltou a pedir aos eleitores que no domingo “não voltem para trás”, apelando a que escolham “quem tem propostas feitas para melhorar a vida dos portugueses” em detrimento dos que estão “a impedir no parlamento quem ganhou eleições de servir o país”.
Num almoço que contou com a presença do antigo secretário-geral do PSD Amândio de Azevedo, com mais 90 anos, o cabeça de lista da AD lembrou o 06 de junho de 1944, o dia D da Segunda Guerra Mundial.
“Eu não digo que vamos desembarcar na Normandia, aquilo que fica claro é que o mandato que queremos receber dos portugueses é imbuído do mesmo espírito: nós queremos defender a paz e a democracia”, disse.
Sebastião Bugalho enumerou alguns dos desafios “difíceis, mas não impossíveis” que a delegação da AD terá no próximo mandato no Parlamento Europeu – nas áreas da habitação, dos jovens, dos mais velhos ou das empresas - e, pelo segundo dia consecutivo, deixou uma palavra especial para os agricultores.
“Temos de cuidar e respeitar quem nos alimenta. Não podemos tratar uma profissão antiga como se não tivesse dito ao futuro, têm direito a serem incluídos na transição climática”, defendeu.
Nesta matéria, considerou irónico que “a única medida que o PS tem no seu programa” nesta área seja “reforçar o diálogo com os agricultores, quando tinha uma ministra que não conseguia dialogar com agricultor nenhum”, numa referência à ex-ministra socialista Maria do Céu Antunes.
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