Em comunicado, o município do distrito de Braga refere que a decisão abrange perto de 100 sistemas de rega abastecidos com água da rede pública instalados em vários parques, jardins, praças, rotundas e edifícios da cidade e das freguesias.

A rega desses espaços será agora feita “de forma manual e mais controlada”.

“Devemos ter sempre em mente o uso eficiente da água e a adoção de medidas de poupança, mas esta necessidade torna-se ainda mais imperativa perante a situação preocupante em que nos encontramos”, refere o presidente da Câmara.

Citado no comunicado, Mário Passos acrescenta que a Câmara “está a olhar para a sua gestão diária e a tentar perceber onde pode atuar para conseguir um consumo de água mais eficiente e responsável”.

O autarca desafia ainda “todos os famalicenses a fazerem o mesmo exercício em casa”.

Só com esta medida a Câmara de Famalicão espera uma redução de cerca de 50% do consumo de água, mas o executivo municipal está a ponderar a implementação de mais ações.

Entre elas, está o lançamento, já a partir da próxima semana, de uma “forte” campanha de sensibilização e de incentivo à poupança e valorização da água, que poderá ser vista nas várias plataformas do município, na comunicação social local e regional e em espaços outdoors do concelho.

Mais de metade do território de Portugal continental (57,7%) estava no final de dezembro em situação de seca fraca, tendo-se registado uma ligeira diminuição na classe de seca severa e um aumento na seca moderada, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Na terça-feira, o Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola devido à seca em Portugal continental, revelou o ministro do Ambiente e Ação Climática.