
Em declarações aos jornalistas à saída de uma cimeira em Londres sobre defesa e o apoio à Ucrânia, Rutte congratulou-se por ver os “países europeus a intensificar os seus esforços para garantir que a Ucrânia tem o que precisa para continuar a lutar enquanto tiver de continuar”.
Referindo-se ao exemplo do Reino Unido, que anunciou na semana passada o aumento da despesa com a defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), Rutte indicou que vários países deverão fazer anúncios semelhantes em breve.
“O que vemos é que os países europeus estão a intensificar a sua ajuda com garantias de segurança para o momento em que for alcançado um acordo de paz. Obviamente, ainda não há acordo. Ainda não há um cessar-fogo, mas temos de nos preparar para esse momento e certificar-nos de que os países europeus estão dispostos a ajudar com as garantias de segurança”, vincou.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, revelou hoje que está a trabalhar com a França, Ucrânia e outros países num plano de paz que depois será apresentado aos Estados Unidos.
Falou também numa “coligação de [países] voluntários” [coalition of the willing] para defender um acordo de paz na Ucrânia.
“Nem todas as nações se sentirão capazes de contribuir, mas isso não pode significar que fiquemos de braços cruzados. Os que estiverem dispostos a contribuir intensificarão o planeamento agora, e o Reino Unido está preparado para apoiar esta iniciativa com botas no terreno [soldados] e aviões no ar”, enfatizou Starmer.
Rutte confirmou aos jornalistas que vários países presentes manifestaram disponibilidade para contribuir para um plano de paz e uma força de manutenção de paz, mas recusou dizer quais.
“É claro que a iniciativa foi tomada pelo Reino Unido e pela França, mas há outros que querem ajudar. Penso que isso é importante”, salientou o secretário-geral da NATO.
Organizada pelo Reino Unido, a cimeira sobre a segurança europeia reuniu líderes da Ucrânia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia e Roménia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, também participou, bem como o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
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