A operação policial denominada “Semente em Pó” envolveu forças policiais de diversas zonas da região Norte e prolongou-se por dois dias, terça e quarta-feira, culminando na detenção de cinco homens e uma mulher, com idades entre os 32 e os 55 anos, segundo divulgou o Comando Territorial de Bragança da GNR, em comunicado.
Nesta operação foram também aprendidas 500 doses de cocaína, 26 de haxixe, 40 de canábis folhas, 63 plantas e sementes de canábis, quatro balanças de precisão, outro material relacionado com o tráfico de droga, além de mais de cinco mil euros em dinheiro, duas viaturas, armas de fogo e munições, bastões, catanas e material informático, entre outro.
A ação das autoridades foi coordenada pelo Núcleo de Investigação Criminal de Mirandela da GNR no âmbito de uma investigação que decorria há cerca de dois anos, que terá permitido identificar “uma rede organizada de tráfico de estupefacientes que se dedicava à aquisição de cocaína, nos distritos do Porto e Vila Real”.
A investigação apurou que o produto adquirido nestes distritos “era tratado, acondicionado e enterrado em locais ermos do concelho de Mirandela para ser revendido a consumidores dos concelhos de Mirandela, Valpaços, Vila Flor, Chaves e Boticas”.
“Paralelamente a essa atividade, o grupo cultivava plantas de canábis, aproveitando locais em que a vegetação não permitia detetar a presença das mesmas, procedendo à sua secagem e embalamento em armazéns, no concelho de Mirandela, para posteriormente a vender aos consumidores”, lê-se no comunicado da GNR.
No seguimento das diligências de investigação, entre as 08:00 de terça-feira e as 23:00 de quarta-feira, o Núcleo de Investigação Criminal de Mirandela desenvolve a operação policial, designada por “Semente em Pó”, para dar cumprimento a cinco mandados de detenção, nove mandados de buscas domiciliárias e a 15 mandados de buscas em veículos, anexos e estabelecimentos.
Os seis detidos serão presentes a primeiro interrogatório hoje, no Tribunal Judicial de Mirandela.
A operação que levou à detenção contou com o reforço do Grupo de Intervenção de Operações Especiais (GIOE), do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) da Unidade de Intervenção (UI), do Destacamento de Intervenção (DI) de Coimbra, dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) de Bragança e Vila Real, do Núcleo de Apoio Operativo (NAO) de Bragança, das Secções Cinotécnicas de Bragança e Vila Real.
Contou também com militares dos postos territoriais de Mirandela, Torre de Dona Chama, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Boticas e Chaves, Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Mirandela, Secção de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) de Mirandela, e com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).
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