Vucic declarou que a Sérvia estará representada na cimeira ao nível mais baixo e que se absterá na votação de uma resolução sobre a proteção da integridade territorial da Ucrânia, Moldova e Geórgia, por não estarem incluídos no documento todos os países membros do Conselho da Europa.
“Estamos prontos para apoiar a integridade territorial da Ucrânia, Moldova e Geórgia, mas não estamos prontos para desistir tão fácil e simplesmente da integridade territorial da Sérvia”, disse o Presidente, referindo-se ao Kosovo.
A Sérvia não reconhece a independência que sua antiga província do Kosovo proclamou unilateralmente em 2008.
A independência do Kosovo – que não é membro da ONU – tem sido apoiada por cerca de uma centena de países, incluindo os Estados Unidos e a maioria dos países da União Europeia (UE), mas não por Espanha, Rússia, China, Índia e outros estados.
No final de abril passado, o Conselho da Europa concordou formalmente em considerar o pedido de adesão do Kosovo à organização, uma decisão que provocou críticas da Sérvia.
Hoje, Vucic manifestou a sua “grande preocupação” com a situação no norte do Kosovo, onde a população sérvia está em maioria, depois de ter acusado o primeiro-ministro do Kosovo, o nacionalista Albin Kurti, de ter tendência para provocar incidentes e tensões, através de iniciativas unilaterais em prejuízo dos sérvios.
Vucic acusou Kurti de não querer conceder aos sérvios do Kosovo a autonomia acordada em 2013 sob os auspícios da UE, mas ainda não cumprida, face à forte oposição de Pristina.
Para qualquer progresso no processo de normalização, Belgrado exige autonomia para os sérvios kosovares, que dizem sentir-se cada vez mais discriminados e intimidados pelo regime de Pristina.
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