Os protestos decorrem em Zvecan, Leposavic e Zubin Potok, em frente às instalações municipais, onde os soldados da KFOR, a missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) no Kosovo, colocaram barreiras metálicas e arame farpado.
A situação é de uma calma aparente, depois dos violentos confrontos de segunda-feira entre manifestantes a as forças de segurança em Zvecan, que provocaram cerca de 80 feridos, 30 deles soldados.
Segundo os meios de comunicação social locais, a KFOR reforçou a presença em vários pontos de Zvecan a pedido dos sérvios, que receiam incidentes com a polícia kosovar.
Os líderes políticos da comunidade sérvia apelaram aos manifestantes para que protestem pacificamente e não entrem em conflito com a KFOR.
O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, rejeita a possibilidade de afastar os presidentes de câmara destes municípios, apesar dos apelos dos Estados Unidos para que os presidentes de câmara trabalhem fora dos edifícios oficiais e para que a polícia especial seja retirada da área para diminuir as tensões.
Os presidentes de câmara foram eleitos em abril, numa votação boicotada pelos sérvios — uma minoria no Kosovo mas uma população maioritária no norte — e em que a taxa de participação foi de apenas 3 por cento.
Entretanto, no setor sul (albanês) da cidade de Mitrovica, a polícia kosovar pediu aos cidadãos que ignorassem o apelo nas redes sociais para uma marcha de protesto em direção ao norte da cidade, onde vivem os sérvios.
O Kosovo, uma antiga província sérvia povoada por uma grande maioria de albaneses, proclamou a independência em 2008, decisão que a Sérvia não reconhece.
Os dois países estão a negociar a normalização sob os auspícios da União Europeia (UE) e com o apoio dos Estados Unidos.
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