Segundo o vereador Ângelo Pereira (PSD), responsável pela Proteção Civil, esta área irá ter um aumento de 150 mil euros em 2025, de 525 mil euros para 775 mil euros, para realizar as suas atividades, segundo a proposta de orçamento municipal.

Numa audição perante a Assembleia Municipal de Lisboa (AML) para explicar a proposta de Orçamento municipal para 2025 nas áreas da sua responsabilidade, Ângelo Pereira destacou também que o orçamento direto do Regimento Sapadores Bombeiros mantém-se no próximo ano e vai em linha com o de 2024, embora estejam previstas “intervenções que impactam no regimento, mas que são responsabilidade de outras orgânicas” do município.

“Temos um aumento de um milhão para sete milhões. Estamos a referir-nos ao quartel de Marvila e a uma verba para reparação de vários quartéis de bombeiros de Lisboa”, disse.

O autarca afirmou ainda que o processo de organização territorial dos quartéis “está neste momento consolidado” e responde “ao que estava definido para todos os pontos da cidade”.

Ângelo Pereira destacou que “falta a receção do quartel do Arco do Cego” e o desenvolvimento do projeto de arquitetura do novo quartel de Benfica, que “será situado atrás da Casa do Artista”.

“Portanto, a partir daí, temos a implantação territorial dos quartéis consolidada”, disse.

O orçamento da Polícia Municipal terá “um ligeiro aumento de 10% relativamente ao departamento de preparação e manutenção mecânica”, que tem a missão da renovação da frota, e terá “um grande investimento, de 9,7 milhões para 10,4 ME”, disse.

O autarca reiterou que a Câmara de Lisboa, e o presidente Carlos Moedas, têm “insistido” na “abertura de mais esquadras na cidade de Lisboa e também para uma maior presença das forças de segurança na rua”.

“E tem-se disponibilizado, já várias vezes, junto do Governo e publicamente, da disponibilidade da Câmara Municipal para disponibilizar os meios possíveis. Estamos a falar de instalações para que se possam abrir mais esquadras”, disse.

Ângelo Pereira destacou ainda que a Câmara continua disponível para uma esquadra mista, com elementos da PSP e da Polícia Municipal, na Praça da Alegria, mas precisa “da validação, de ‘feedback’, e da operacionalização por parte do Ministério da Administração Interna”.

Relativamente ao policiamento comunitário, atualmente existe em 14 zonas e há um projeto de alargamento para mais uma zona na Quinta do Lavrado.

“Salientar que (…) temos falta de agentes. Ainda hoje, o presidente voltou a fazer mais um apelo para que se abram concursos na PSP, para que possamos ter mais Polícias Municipais. É fundamental para conseguirmos corresponder às necessidades da cidade de Lisboa”, sublinhou.

O vereador assegurou ainda que a autarquia continua a prever terminar até o final do mandato a revisão do plano de acessibilidade pedonal, que “se encontra em execução através de múltiplas intervenções no espaço público, na mobilidade, nos equipamentos”, que “estão dispersas no orçamento, no plano de atividade, pelos vários serviços”.

Em relação a trabalhos de reparação e asfaltamento de pavimentos na sua responsabilidade, Ângelo Pereira destacou que estão já em curso, desde segunda-feira, diversas intervenções na Avenida Infante D. Henrique, em Marvila, e em Santa Maria Maior.

Para o asfaltamento, em 2025, está orçamentado cerca de um milhão e cem mil euros, estando ainda disponíveis mais de trezentos mil euros para aquisições de diversas despesas correntes.

Em relação ao próximo ano existe um conjunto de intervenções previsto para o primeiro semestre, nomeadamente na Ajuda, no cruzamento da Rua do Cruzeiro com a Rua Sítio do Casalinho da Ajuda, a requalificação do Largo da Estação Fluvial de Belém, as repavimentações da Travessa de Campo de Ourique, da Rua do Sacramento a Alcântara e do Beco da Índia aos Anjos, e o cruzamento com a Rua António Luís de Sousa com a Rua do Garcia (Campolide).

Em Santa Maria Maior também está prevista a repavimentação do Largo da Trindade e a reparação do pavimento de um troço rodoviário na Avenida das Naus e, em Arroios, a repavimentação da Rua Sousa Martins.

Em 13 de novembro, a liderança PSD/CDS-PP na Câmara de Lisboa apresentou um orçamento municipal de 1.359 milhões de euros para 2025, ligeiramente superior aos 1.303 milhões previstos para este ano, em que se prevê 918 ME para despesas correntes e 441 ME para despesas de capital.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.